Não é segredo para ninguém que o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos), e o deputado estadual Ivan Naatz (PL) nunca foram parceiros de verdade.
Ambos juntaram forças por um tempo apenas por conveniência e por questão políticas. Ivan sempre foi o que mais tentou construir uma aliança, mas Mário sempre demonstrou querer ir trilhar outros caminhos.
Nos três primeiros anos do mandato de Carlos Moisés (Republicanos), Hildebrandt era oposição ao governador, principalmente na época da pandemia e também nos dois processos de impeachment, quando inclusive indicou seu fiel escudeiro, André Espezim, para a secretaria de Infraestrutura no mês que Daniela Reinehr (PL) assumiu o comando do estado.
O problema de Mário é que todos os candidatos que apoiou nas eleições de 2022 perderam e ele acabou nas mãos de Naatz, que se reelegeu e era o político mais próximo do governador Jorginho Mello aqui em Blumenau.
Naatz tentou levar Mário para o PL, mas ele declinou. Aí tentou colocar Espezim como adjunto na Secretaria de Infraestrutura, mas ele também recusou depois de falar com o prefeito.
Na semana passada Mário Hildebrandt deu uma entrevista para o jornalista Upiara Boschi e disse que os convênios do Plano 1000 foram acordados com o CNPJ do Governo do Estado e não com o CPF de Carlos Moisés, demonstrando o seu descontentamento com a não liberação dos recursos de obras aqui em Blumenau pelo governo de Jorginho Mello.
Naatz não gostou dos ataque que Hildebrandt fez ao governo de Jorgino Mello e publicou vários comentários na publicação de Upiara no Facebook, deixando claro que o amor com Mário acabou.
Numa das postagens, o deputado escreveu que “daqui a um ano e meio teremos um novo prefeito, certamente alguém que saiba escolher melhor seus parceiros políticos”.
Já o marketeiro Renato Endres escreveu “Prefeito cascateiro tentando comprometer o Governo com promessas eleitoreiras do seu candidato derrotado. Em matéria de política é um beócio. Está nessa cadeira por um acidente de percurso e pela megalomania do seu antecessor. Menos mal que falta pouco tempo para ser aposentado compulsoriamente”. Nessa publicação áspera, Naatz escreveu “prefeito, você foi perfeito”.
Com a ida de João Paulo Kleinubing para o governo de Jorginho Mello, fica evidente que Naatz já tem outro amor e não deve mais ir até o terceiro andar da Prefeitura de Blumenau, pelo menos até o fim de 2024, quando acaba o mandato de Hildebrandt a frente da administração municipal.
LEIA NA ÍNTEGRA O TEXTO PUBLICADO POR IVAN NAATZ (PL):
ATENÇÃO BLUMENAU
Não se pode imputar ao governador Jorginho Mello obrigações com o Plano 1.000.
Em entrevista ao colunista político Upiara Boschi o Prefeito Mario Hildebrand cobrou do governador Jorginho respostas a respeito do conhecido Plano 1.000 uma proposta reconhecidamente politiqueira do ex-governador Moises para atrair prefeitos sem qualquer autorização legislativa.
Todo Blumenauense sabe que o prefeito Mario Hildebrandt pediu votos para candidatos derrotados em todos os postos (suas apostas fracassaram) então a cidade enfraqueceu seu crédito com o governo do estado que precisa ser recuperado #faz10 disse o líder municipal, indicando votos também em deputados que não se elegeram ou sequer eram de Blumenau e região.
Blumenau não ficará esquecida estarei em permanente vigilância, agora, não vou tolerar que quem apoiou o ex-governador Moises e com ele firmou contratos eleitoreiros cobre o atual governador ação que ele não se comprometeu em fazer.
Jorginho tem o apoio de 70% dos blumenauense e tem amor por Blumenau. Ninguém vai nos jogar contra ele com cobranças importunas neste momento. Daqui a um ano e meio teremos um novo prefeito certamente alguém que saiba escolher melhor seus parceiros políticos.
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