Este é um momento da política em que se vê muitas destinações de recursos para obras que devem ficar prontas justamente poucos dias antes das eleições municipais justamente para fazer o eleitor pensar que o candidato do governador Jorginho Mello ou do presidente Lula são ou foram os responsáveis pela intermediação.
Obviamente que todos os políticos catarinenses, com mandato ou não, estão pensando no pleito do ano que vem, seja para se candidatar ou para ser o padrinho de uma candidatura que lhe dará frutos em 2026.
Enfim, mal acabou a eleição nacional e estadual, todas as atenções já se voltar para a disputa nos municípios, gerando um círculo vicioso para quem milita na política.
E nesse contexto estão as trocas de partido, onde os descontentes buscam um novo ninho para terem mais chance de vitória, seja ela direta ou indiretamente.
Nomes importantes já deram a largada para a troca de casa, como no caso do prefeito de Criciúma, que trocou o PSDB, partido que estava há anos, por um projeto mais grandioso e aparentemente mais sólido como é o caso do PSD catarinense.
A ex-prefeita de São José, Adeliana Dal Pont, saiu do PSD no início de 2023 por divergências com o prefeito Orvino Coelho de Ávila e tudo indica que o governador Jorginho Mello já teria filiado Adeliana no PL para disputar a eleição de 2024 na cidade onde já foi prefeita.
A vereadora de Balneário Camboriú, Juliana Pavan (PSDB), esteve na segunda-feira, 24, em Florianópolis e visitou o prefeito Topázio Neto (PSD) e esteve também com o deputado estadual Júlio Garcia (PSD).
Essa aproximação com membros do PSD, praticamente confirma a ida dela e do pai, o ex-governador Leonel Pavan (PSDB), para o partido presidido por Eron Giordani. Juliana é pré-candidata a prefeita de BC e Leonel Pavan deve disputar a prefeitura de Camboriú.
Figuras importantes
O governador Jorginho Mello conseguiu tirar o ex-prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinubing, que estava no União Brasil, para presidir o BRDE. A saída do partido é uma exigência do cargo, mas Jorginho quer mesmo é filiá-lo no PL para que ele seja seu candidato a prefeito em Blumenau.
O deputado federal Ricardo Guidi, hoje no PSD, é outro nome que Jorginho Mello levou para o seu governo, mesmo sem o aval do partido dele. Tudo porque o PSD levou o prefeito Salvaro e Guidi não tem boa relação com ele e quer ser candidato a prefeito de Criciúma, o que não é possível no PSD por conta do candidato escolhido por Salvaro.
Então na próxima janela de transferência partidária, que será em março, ele sairá do PSD e será o candidato a prefeito de Criciúma pelo Partido Liberal justamente contra o candidato de Salvaro.
Em Tubarão, a troca mais esperada é a do ex-prefeito Joarez Ponticelli, que vai deixar o PP de Esperidião Amin e vai se filiar no Republicanos de Carlos Moisés. A intenção é que ambos disputem as eleições de 2026, um para a Câmara Federal e o outro para a Assembleia Legislativa.
Mas ambos também querem impedir que Estêner Sorato Junior (PL), pré-candidato a prefeito do governador, vença a eleição naquela cidade. A estratégia é que o candidato de Ponticelli vença a eleição indireta, que vai acontecer no dia 7 de agosto, para depois disputar a reeleição em 2024.
Em Florianópolis, quem já anunciou a troca de partido foi o presidente da Câmara, João Cobalchini. Em março do ano que vem ele sai do União Brasil e volta para o MDB para presidir o diretório municipal e para buscar a reeleição no legislativo da Capital.
O fato é que os partidos estão atrás dos melhores jogadores e os políticos querem estar nas legendas que aparentemente lhes deem maior possibilidade de se eleger ou de eleger os seus e por isso muitas mudanças ainda virão pela frente até o ano que vem.
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