Deputado quer saber por que a Casan é acionista de empresa de laticínios do RJ

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Na tarde de quinta-feira, 24, o deputado estadual Matheus Cadorin (Novo) informou que no mês de julho enviou ofício para a Casan pedindo explicações do porquê a Companhia de Água e Saneamento do Estado seria sócia de uma empresa de laticínios no estado do Rio de Janeiro.

A empresa em questão é a Sabor da Serra, que atende pela razão social de SM4 Indústria e Comércio de Laticínios S/A, e está localizada na Rodovia RJ130, Km18, Bairro Conquista, na cidade de Nova Friburgo (RJ). Além da Casan, a Sabor da Serra tem mais quatro acionistas, todas pessoas físicas e residentes no estado do Rio de Janeiro.

A resposta veio do presidente da empresa, Laudelino de Bastos e Silva, que informou que já há uma investigação desse caso no Tribunal de Contas do Estado. Segundo documentos dessa investigação do TCE/SC, foi identificado um prejuízo de R$ 17 milhões nesse “investimento” feito na empresa Fluminense.

A aquisição teria acontecido, segundo Laudelino, por conta do recebimento de uma dívida da pela Fundação Catarinense de Assistência Social (Fucas), que teria que pagar para a Casan mais de R$ 17 milhões.

Na sindicância interna feita pela própria Casan, há fortes indícios de fraude, corrupção ativa e improbidade administrativa. Vale destacar que ainda não há um parecer final nem na Casan e nem no TCE.

Segundo Cadorin, uma possível exoneração de Laudelino Bastos não seria surpresa nenhuma, pois, segundo ele, há questões importantes que precisam de um esclarecimento do período em que o atual presidente da Casan era Diretor Financeiro, entre os anos de 2007 e 2019, quando a Casan se associou na empresa de laticínios.

O deputado estadual do Novo informou que vai enviar as informações e documentos que tem para o Ministério Público de Santa Catarina para que tudo seja esclarecido e, se realmente houve prejuízo ao erário público, que os envolvidos ressarçam a Casan.

Em janeiro deste ano, Laudelino informou também que a Casan pretendia vender 49% das ações com direito a voto para buscar recursos no mercado financeiro para fazer os investimentos em saneamento, mantendo com o Governo do Estado os outros 51%.

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