O dilema do MDB catarinense para as eleições de 2024

É fato para grande parte dos emedebistas de Santa Catarina que o mandato de Celso Maldaner na presidência do partido foi um retrocesso considerável, chegando ao ponto de fazer com que os filiados boicotassem a chapa onde o partido tinha a vaga de vice nas eleições de 2022.

Em dezembro do ano passado o deputado federal Carlos Chiodini assumiu a presidência do partido já sabendo que teria que plantar uma nova semente para que, no futuro, o MDB possa dar novos frutos.

Hoje em Santa Catarina o MDB comanda 95 prefeituras, seguido do PP com 52, do PSD com 42, PSDB com 32 e PL com 27. O grande problema do MDB está nas 14 cidades com mais de 100 mil habitantes.

No dia 3 de setembro o partido perdeu Brusque e estima-se que em 2024 a liderança do partido no Estado esteja ameaçada pelo PSD e pelo PL de Jorginho Mello, que planeja fazer, no mínimo, 100 prefeituras, entre prefeitos e vice.

Em Joinville o MDB sempre foi um protagonista com Luiz Henrique da Silveira, mas perdeu o posto e agora tenta, com uma candidatura própria, buscar novamente o comando da cidade. em Blumenau, o MDB praticamente não existe e deve apoiar a candidatura da atual vice-prefeita Maria Regina Soar (PSDB).

Em Florianópolis, o presidente da Câmara, João Cobalchini, que ainda está no União Brasil, vai em março de 2024 voltar para o MDB para tentar a reeleição, mas tem a chance de ele ser indicado como vice de Topázio Neto, coisa que Cobalchini, hoje, não quer.

Em Criciúma, o MDB também não tem muita expressão, mas quer ter candidato na eleição de 2024. Até o momento, o nome do partido é o do vereador Paulo Ferrarezi, mas ainda não há a convicção dessa alternativa.

Em Chapecó talvez seja a grande cidade do Estado onde o MDB realmente tenha alguma chance de disputa da prefeitura municipal. Em 2020, o candidato Cleiton Fossá ficou atrás somente do prefeito João Rodrigues (PSD) e neste ano o nome mais viável é do suplente de deputado Leandro Sorgatto.

No governo de Jorginho

No governo de Jorginho Mello, o MDB tem a Secretaria de Infraestrutura com o deputado estadual Jerrry Comper no comando, mas hoje já há um entendimento de que o partido dá mais ao governo do que o governo dá para o MDB.

A senadora Ivete Appel da Silveira questionou, no almoço do MDB do último dia 5, se ele está confortável naquela secretaria. Jerry disse que sente saudades da bancada na Assembleia, mas quer ficar na Secretaria de Infraestrutura.

O fato é que o MSB catarinense está entre a cruz e a espada. Tem uma senadora, comanda a Assembleia Legislativa do Estado, tem o maior número de prefeituras, mas sabe que perderá espaço em 2024.

O trabalho a dos atuais dirigentes precisa sem eficaz agora para que o MDB não se transforma num partido sem força num futuro nem tão distante assim.    

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