O pastor Dirlei Paiz, de Blumenau, foi um dos presos no dia 17 de agosto deste ano na 14ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que buscou suspeitos de financiar os atos do dia 8 de janeiro em Brasília, onde manifestantes invadiram o Congresso, o STF e o Palácio do Planalto.
Ele segue cumprindo a prisão preventiva determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no Presídio Regional de Blumenau onde é um dos investigados pela suspeita de participar do grupo conhecido como “Festa de Selma”, que teria organizado as viagens até a Capital Federal.
Dirlei exercia o cargo de Coordenador Técnico no gabinete do presidente da Câmara de Blumenau, vereador Almir Vieira (PP).
Mas nessa quinta-feira, 21, o legislativo blumenauense confirmou que o pastor foi exonerado das suas funções no dia 12 deste mês. O ato aconteceu durante a semana que Almir estava como prefeito interino e quem assinou o documento de dispensa foi o vereador Maurício Goll (PSDB), que também ocupava interinamente a presidência da Câmara.
Segundo a Câmara de Blumenau, a exoneração se deu depois de uma consulta feita ao setor jurídico da Casa, que entendeu que “a situação objeto da consulta, a toda evidência, não cria nenhuma hipótese de impedimento de exoneração ou estabilidade no serviço público”.
Paiz, a convite de Almir, foi nomeado no cargo na segunda quinzena de maio. Ele sempre se mostrou um defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem fotos com Jair Renan, e foi uma das lideranças que esteve na frente do 23º Batalhão de Infantaria de Blumenau nas manifestações que ocorreram depois das eleições presidenciais.
Um dia depois da sua prisão, seu representante, advogado Jairo Santos, já participou da primeira audiência de custódia, e posteriormente esteve no STF, em Brasília, para buscar mais informações sobre o caso do seu cliente.
Jairo disse naquela ocasião que está confiante, mas que ainda deve levar algum tempo para provar a inocência do pastor Dirlei Paiz.
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