O promotor de justiça e também professos de direito Odair Tramontin terá no próximo dia 25 de setembro o seu último dia de trabalho no Fórum de Blumenau e na terça-feira, 26, já estará livre para escolher um novo caminho.
Segundo ele, deve continuar andando de bicicleta, pode continuar como professor da Furb, pode escolher também a advocacia, pode optar pela jardinagem e até pode ser candidato a prefeito de Blumenau em 2024. “Tramontin aposentado está proibido. Essa palavra não existe no meu dicionário”.
Mesmo podendo se aposentar no ano de 2017, ele preferiu continuar na magistratura. Em 2020 se lançou pela primeira vez como candidato a um cargo eletivo e em 2022 foi para uma candidatura a governador.
Como candidato a prefeito, Tramontin quase foi para o segundo turno em 2020 e em Blumenau na eleição de 2022, ele só fez menos votos que o governador Jorginho Mello (PL) e o ex-governador Carlos Moisés (Republicanos).
Então, essas duas eleições mostraram para ele que ele tem uma boa capilaridade em Blumenau, mas sabe que não é mais uma novidade e nem um franco atirador. Com isso, só sairá candidato se tiver uma boa plataforma e uma candidatura consistente para vencer a eleição.
Na entrevista que deu para o jornalista Jorge Theiss da Rádio Bandeirantes de Blumenau, o ainda promotor de justiça diz que vai refletir o que vai fazer da sua vida daqui para frente.
Odair disse que já recebeu vários convites de muitos partidos, mas garantiu que “há uma tendência de 120% de, se eu me candidatar a algo, será pelo partido Novo por uma questão de história pessoal”.
Ele diz que defende a coerência e se já se apresentou defendendo as ideias do partido Novo, seria natural se candidatar pelo mesmo partido. “Primeiro eu não sei se o Novo vai querer, pois o partido tem outros candidatos”.
AS DIFICULDADES DO NOVO
Ele disse que o maior problema do Novo é entrar em uma eleição sem o tempo de TV, o que diminuiria a competitividade do pleito. Mas informou também que o Novo deve fazer alianças para as eleições de 2024 em todo o Brasil, o que daria um pouco mais de espaço e respiração para entrar numa campanha de uma forma competitiva.
“Então é preciso que a gente participe de uma campanha de uma forma competitiva. Eu quero entrar, se entrar, dessa vez, nas outras eu já queria ganhar, mas dessa vez, evidentemente, é as veras. Embora as outras também foi, mas já sabendo que o tamanho da gente era diferente”, completou.
Tramontin defendeu que uma gestão pública se faz com qualificação, pois ele acha fundamental que se deva colocar as pessoas certas nos lugares certos. E garantiu que o primeiro ponto de conversa para uma possível coligação será com essas práticas. “Se vierem com troca troca, toma lá dá cá, eu tô fora”.
O segundo ponto de exigência que terá na conversa com outros partidos é que as legendas tenham pessoas que venham servir e não para se servir do serviço público.
Para ele, Blumenau parou no tempo e precisa voltar a pensar no futuro. “Daqui a pouco, se a gente não se cuidar, nós vamos virar um bairro de Indaial e de Gaspar, que são cidades que estão voando… A gente vê essas cidades transpirando desenvolvimento e a gente não tem percebido isso em Blumenau”.
O promotor disse que não está fazendo campanha, mas está respondendo como cidadão e esse é o modelo de prefeito que ele votará se não for candidato. “Quem apresentar esse tipo de pauta, vai ter o voto do Tramontin”.
Adicionar comentário