Na sessão da Câmara de Vereadores de Blumenau que aconteceu na tarde de terça-feira, 26, os vereadores Carlos Wagner Alemão (UB) e Gilson de Souza (Patriota) questionaram os valores pagos pela Prefeitura para a empresa que está instalando os radares fixos nas ruas da cidade.
No mês de abril deste ano a Prefeitura de Blumenau definiu, através de uma licitação, que a empresa Focalle Engenharia Viária, de Florianópolis, instalaria 148 radares eletrônicos (divididos entre redutores de velocidade, controladores e fiscalizadores de avanço de sinal vermelho ou parada sobre a faixa de pedestres) em 46 vias da cidade.
O custo anual para a municipalidade para ter esses 14i8 equipamentos será de R$ 8 milhões, o que dá uma média de R$ 54 mil por ano pelo aluguel de cada verificador de velocidade.
Nos seus pronunciamentos, Alemão e Gilson lembraram que a atual administração municipal começou a executar a implantação de 50 faixas elevadas que, segundo a licitação vencida pela empresa Progresso Ambiental Ltda., tem um custo unitário aproximado de R$ 40 mil cada.
Professor Gilson disse que as faixas elevadas seriam infinitamente mais vantajosas do que os radares porque, primeiro que elas são mais baratas e segundo porque seria pago apenas uma única vez e fariam o mesmo efeito dos radares que é reduzir a velocidade dos veículos.
Alemão lembrou que o contrato feito pela Prefeitura e a empresa Focalle, inicialmente, é de 12 meses, mas pode ser prorrogado por até 60 meses (5 anos). Se ele for estendido, o contrato terá um valor total de R$ 40 milhões, fora os reajustes.
Ambos os vereadores acham importante trazer mais segurança ao trânsito de Blumenau diminuindo a velocidade nos pontos críticos, mas eles também acreditar que os 148 radares têm caráter apenas arrecadatório, pois alguns equipamentos foram colocados atrás de postes, placas e árvores, segundo denúncia recebida de alguns motoristas.
Outro ponto apontado pelos vereadores Gilson e Alemão é a falta de padronização da velocidade, onde se tem em Blumenau lugares com velocidade de 50 km, 60 km e até de 80 km, causando dúvida nos motoristas.
Os dois vereadores informaram que vão analisar novamente o contrato e vão fiscalizar os locais onde os redutores de velocidade foram instalados para ver se realmente estão adequados a legislação de trânsito vigente.
Também vão solicitar para a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte que as vias tenham a mesma velocidade para evitar a “pegadinha” na fiscalização.
O vereador Emmanuel Tuca dos Santos (Novo) já tinha postado na segunda-feira, 25, nas suas redes sociais uma série de imagens que, aparentemente, comprovam o que foi dito na sessão de terça-feira.
Veja uma das postagens de Emmanuel Tuca dos Santos:
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