Advogado de Dirlei Paiz se mostra otimista com a soltura dele nas próximas semanas

O advogado Jairo Vieira dos Santos, que está cuidando do caso do Pastor Dirlei Paiz, esteve no Supremo Tribunal Federal, em Brasília, na última quarta e quinta-feira, dias 25 e 26 deste mês, e conversou diretamente com a assessoria do ministro Alexandre de Moraes.

Segundo relato do advogado, houve um avanço significativo no caso do Pastor e ele teria ouvido do STF que a soltura de Paiz estaria próxima. O julgamento do caso ainda não tem uma data definida, mas ele poderia aguardar o desfecho do processo numa liberdade assistida.

Uma das alegações da defesa é que Dirlei não representa risco ao processo e as provas e sua prisão pode ser vista como desproporcional.

O Pastor foi preso pela Polícia Federal, na 14ª fase da Operação Lesa Pátria, no dia 17 de agosto deste ano e levado ao Presídio Regional de Blumenau, no bairro Salto Weissbach.

Ele é suspeito de incitar o que apelidaram de “Festa da Selma”, codinome usado para se referirem aos atos de vandalismo nos prédios dos Três Poderes, em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.

Segundo a PF, os fatos investigados constituem, em tese, para os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

VISITAS INDESEJADAS

O advogado Jairo Santos relata que o maior problema que vem enfrentando nesse momento são as inúmeras tentativas de visitar o seu cliente no Presídio Regional de Blumenau. De acordo com a lei, todo preso é incomunicável e qualquer tentativa que não esteja de acordo com a legislação, pode configurar como crime.

Santos fala que nem a família está visitando o Pastor no presídio, mas tem alguns colegas advogados que estão tentando usar da profissão para ir conversar com o seu cliente dentro do Presídio.

“Nem a família do pastor está visitando ele e penso que só insiste nisso quem está temendo algo ou pensa que presídio é zoológico para passear e ver o preso. Pasmem, tem até profissional que queria ir lá dar um abraço no pastor, outros queriam fazer um vídeo. Talvez imaginem que ele esteja num Spa. Tudo isso é proibido por lei, preso é incomunicável e contato entre o cliente e o advogado basta”, enfatiza Jairo.

Referente ao seu trabalha técnico, o advogado diz que está tudo dentro do previsto e que não está no caso para se promover, não está pensando em política, não está pensando em like, mas sim pensando no Pastor e que ele tem que sair.

Ele reforça que a insistência nas visitas pode atrapalhar o andamento do processo, pois o STF pode querer investigar também esses nomes que insistem e o desfecho pode ser surpreendente.

“Tem gente que estava nesses movimentos pós-eleição de 2022 e quer visitar o Pastor doidinhos para irem juntos, pois, por qual razão alguém que não é advogado do preso, quer visitar? Isso só atrapalha o trabalho técnico da defesa. Tenho as mensagens de todos que estão insistindo, e se em algum momento eu perceber que isso está atrapalhando o meu trabalho, vou informar ao ministro Alexandre de Moraes sobre esses nomes, pois a defesa não entende o que tanto querem visitar o Pastor. Será que alguém está preocupado com alguma coisa? Se sim, lamento, mas vou fazer a melhor defesa do Dirlei”, disse Jairo Santos.

O advogado agradeceu a postura de alguns políticos que, no primeiro momento, também queriam visitar o Pastor, mas entenderam a gravidade do caso e perceberam que essa atitude só o prejudicaria.

Ele lembra que, se alguém quiser falar alguma coisa contra algum ministro do Supremo Tribunal Federal, pode fazê-lo diretamente no STF e se responsabilizar pelo que fizer sem comprometer o nome ou a imagem do Pastor Dirlei Paiz.

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