A aproximação de Júlia Zanatta e Arleu da Silveira pode colocar PL e PSD no mesmo barco

A deputada federal Júlia Zanatta (PL) parece ter mudado de postura com relação ao prefeito Clésio Salvaro (PSD) e começa a ensaiar uma aproximação com o secretário Geral de Criciúma, Arleu da Silveira, que é o nome escolhido por Salvaro para concorrer a sua sucessão.

Júlia é prima do secretário do Meio Ambiente do Estado, Ricardo Guidi, mas é também esposa do assessor da presidência do BRDE, Guilherme Colombo. Com a aproximação com Clésio e Arleu, ela quer garantir a vaga de vice para o seu marido, independente de quem o PSD escolher para ser o candidato a prefeito.

No último dia 10 ela e a deputada estadual Ana Campagnolo realizaram um evento do PL Mulher em Criciúma e receberam não só a visita do secretário Arleu, mas também da esposa de Guidi, Catherine Guidi.

A ida de Ricardo Guidi para uma secretaria de Jorginho Mello (PL) foi uma articulação de Zanatta, pois na época ele não estava aceitando a filiação de Salvaro e temia perder a vaga de candidato a prefeito pelo PSD.

O governador do Estado já disse que Guidi é o seu representante em Criciúma, caso ele queira se filiar no PL, mas hoje Júlia já vislumbra um horizonte mais abrangente.

Ela entende que uma aliança com Clésio Salvaro tornaria a chapa praticamente imbatível em Criciúma e, por consequência, garantiria de vez a entrada de Guilherme Colombo na política do sul de Santa Catarina.

Como um vice-prefeito, ele poderia mais para frente disputar uma vaga na Assembleia Legislativa e mais a frente ainda pode ser o nome do PL à Prefeitura de Criciúma.

A estratégia não está errada, pois Júlia quer se consolidar no comando do partido na sua região. Ela como deputada federal, Guidi como prefeito ou até mesmo voltando para a Câmara dos Deputados, e Colombo como vice-prefeito, formariam uma trinca de ferro familiar com muito mais influência do quem tem hoje.

Assim como em qualquer área, força política é a ocupação de espaço e ocupar espaço é também assumir os cargos quando eles aparecem.

E Júlia, apesar de ter sido uma das deputadas federais mais votadas de Santa Catarina, sabe que tem prestígio no PL Estadual e Nacional e quer aproveitar a onda bolsonarista, para quem sabe, assumir o Senado Federal em 2025, caso haja uma nova eleição se Jorge Seif (PL) for cassado.

Para isso, ela como presidente do partido em Criciúma, precisa fazer uma boa articulação que lhe dê a vitória na própria cidade para depois pensar em voos mais altos.

Apesar de Jorginho Mello ter pensado no nome da também deputada federal Caroline de Toni para a vaga de Seif, Júlia já mostrou que é obstinada e dentro do PL nada é estático e tudo pode acontecer.      

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