Por volta das sete horas da manhã dessa quinta-feira, 18, a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil esteve na Câmara Municipal de Florianópolis, em Secretarias Municipais da Prefeitura da Capital e também na casa de um secretário para cumprir mandados de busca e apreensão.
A Operação Presságio investiga supostas fraudes em licitações, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, associação criminosa e crimes ambientais e tem como alvo funcionários de um vereador da cidade e membros do primeiro escalão do governo municipal.
Essa operação cai como uma bomba nas pretensões do secretário de Turismo, Ed Pereira, que já tem a sua permanência no governo discutida no gabinete do prefeito Topázio Neto (PSD).
Apesar de ser o menos cotado, ele era o indicado pelo União Brasil para ser o candidato a vice na reeleição de Topázio com a chancela do ex-prefeito Gean Loureiro.
Nos últimos doze meses, a justiça e a polícia civil já fizeram cinco operações de investigação na Prefeitura de Florianópolis e duas na Câmara de Vereadores. Isso, obviamente, servirá de munição para os adversários nas eleições municipais de 2024.
O prefeito e a mesa diretora da Câmara, até esse momento, foram blindados e não se tem conhecimento da participação de nenhum deles nessas investigações. Mas é um fato que toda essa movimentação na administração pública da cidade tem que ser investigado, pois há cargos de confiança envolvidos, segundo a própria justiça.
A Prefeitura de Blumenau é outra que também tem recebido constantemente a visita dos policiais e a Prefeitura e a Câmara Municipal de Joinville também tiveram batidas nos seus prédios no fim de 2023.
Isso mostra que a justiça e a polícia estão atentas a todas as movimentações supostamente ilegais de agentes públicos e muita coisa pode aparecer até o dia da votação, em outubro deste ano.
O que temos que analisar é quais futuros candidatos realmente estão envolvidos e qual o tamanho da participação deles em todas essas operações.
Em todos os casos temos que aguardar para não condenar previamente quem não tem culpa, mas o eleitor tem o direito de saber tudo para poder expelir esse tipo de gente que acha que pode se servir do bem público sem nenhuma punição.
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