Talvez Santa Catarina seja realmente o maior reduto bolsonarista do país, pois muita gente daqui botou a mão no bolso para pagar a passagem para ir para São Paulo para participar do ato organizado pelo ex-presidente.
O Estado já viu duas ondas de Bolsonaro que elegeram os dois últimos governadores e muitos outros que sequer o eleitor de Santa Catarina conhecia.
Mas antes do ato de domingo vários políticos estavam com um pé atrás quanto a popularidade do movimento e também já não tinham muita certeza se Jair Bolsonaro ainda tinha força para se manter vivo.
O ato mostrou que sim e agora muito político de ocasião vai suplicar para assinar a ficha de filiação no PL.
Antes das eleições de 2022, o partido ainda tinha como maioria os bolsonaristas raiz, aqueles que estavam com Jair Bolsonaro desde 2019.
Mas no início de 2022 o partido começa a receber gente que até esteve com a esquerda e que depois daquele momento começou a dizer que o ex-presidente era o seu líder.
E nesta eleição municipal de 2024, depois do ato de São Paulo, o PL, principalmente o catarinense, vai abrigar políticos que não sabe sequer a frase usada pelos bolsonaristas e vão se filiar para apenas surfar nessa onde que parece não ter data para terminar.
O PL vai se transformar num partido com ideologia, mas com filiados de ocasião que vão estar com o governador Jorginho Mello única e exclusivamente para vencer eleição com o voto de bolsonaristas que não veem o passado do candidato, mas votam nele apenas por serem do PL.
O problema do PL é se essa onda perder força depois da eleição de 2024 e eles novamente procurarem outra legenda para se abrigarem já pensando na próxima eleição.
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