Os dois filhos de Jorginho

Os ânimos dentro do Partido Liberal de Santa Catarina começam a ficar mais acalorados. Militantes estão descontentes com a filiação de políticos que sequer estiveram com o ex-presidente Jair Bolsonaro nas duas últimas eleições presidenciais.

Outro motivo é o PSD, que através da coligação do ex-governador Raimundo Colombo tentam cassar o mandato do senador Jorge Seif (PL).

A manifestação mais contundente veio do secretário de Segurança Pública do Estado, deputado Sargento Lima, que postou um vídeo no seu Instagram dizendo que não vai estar em nenhum palanque do PSD em Santa Catarina. O vídeo foi um recado direto para o prefeito João Rodrigues (PSD).

Já João Rodrigues não polemiza o assunto e disse na rádio Condá FM, de Chapecó, que uma grande aliança para o Estado depende apenas do governador Jorginho Mello.

Mas essa polêmica chegou também em Florianópolis e principalmente na família do governador do Estado.

Tudo porque Bruno Mello, que é o vice-presidente do PL da Capital, quer que o partido indique o vice na chapa de reeleição do prefeito Topázio Neto (PSD).

 Já Filipe Mello, que quase assumiu a Casa Civil do governo do pai, entende que o PL de Santa Catarina tem que ter candidato no maior número de cidades possível.

A primeira semente do desacordo entre os filhos de Jorginho Mello surge no imbróglio de Filipe ser indicado pelo pai em janeiro para fazer parte do Governo. Bruno era contra, entendendo que não valia a pena o desgaste. Filipe entendia que era possível, mas depois todos sabem o que aconteceu.

E agora há esse impasse entre os irmãos. Bruno está mais aberto as coligações, mas Filipe está mais ligado aos bolsonaristas, como o próprio senador Jorge Seif.

Filipe gostaria de ver um candidato do PL disputando a eleição contra Topázio Neto, como por exemplo o ex-deputado estadual Bruno Souza, que deixou o Novo a convite do governador.

O problema é que em várias cidades do Estado o partido não tem um candidato forte o bastante para bater os principais adversários e está tendo que buscar gente de fora para formar a sua chapa.

Além de Florianópolis, Blumenau tá sendo outro problema para o PL, pois o deputado Ivan Naatz ainda não se acertou com o prefeito Mário Hildebrandt. Sem contar que há na cidade duas candidaturas que representam a atual administração.

A da vice-prefeita Maria Regina Soar, que foi uma idealização de Hildebrandt, e a do deputado estadual Egídio Ferrari, que deu uma rasteira no MDB e se filiou no PL para ser o nome do partido em Blumenau.

Outro problema a ser resolvido é o da cidade de Criciúma. Ricardo Guidi quer ser candidato do PSD, mas a cúpula quer o secretário Arleu da Silveira, que é também o nome de Clésio Salvaro (PSD). O PL tenta filiar Guidi para disputar a eleição por lá, mas depende do PSD para que Guidi não perca o mandato de deputado federal.

Outras cidades, como Balneário Camboriú e Itajaí, também têm disputas internas que podem causar estragos irreparáveis para o PL nas eleições municiais deste ano.

Enfim, há muita coisa que tem que ser colocada as claras dentro do Partido Liberal, mas agora o governador tem que primeiro resolver o impasse dentro de casa literalmente, para depois partir para a ação dentro do PL de Santa Catarina.

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