Na quinta-feira, 21, o deputado estadual Sérgio Guimarães (UB) apresentou um projeto de lei na Assembleia Legislativa para que o Estado adote o método Wolbachia como diretriz complementar de controle biológico de combate ao mosquito Aedes aegypti.
O método Wolbachia é um instrumento que, em laboratório, modifica o mosquito com a introdução da bactéria Wolbachia no Aedes Aegypti, que bloqueia o vírus da dengue.
Esse modelo surgiu na Austrália e já é referência na contenção do inseto infectado. Um exemplo de eficácia do uso desse método vem da cidade de Niterói (RJ), que é o primeiro município do território nacional a ter 100% da cobertura pelo sistema. Lá, a queda em casos de dengue caiu 70%, chikungunya caiu 60% e o zikavírus foi reduzido em 40%.
“Precisamos buscar todas as metodologias disponíveis e se não há por iniciativa dos municípios, vamos tentar por força de lei, para assegurar a saúde pública aos catarinenses”, destacou Sérgio Guimarães.
Essa proposta faz parte do Programa de Prevenção e Combate à Dengue e a ideia é ampliar os recursos de controle da proliferação do inseto em Santa Catarina.
O projeto de lei vai possibilitar que o Governo do Estado firme convênios, contratos, e parcerias com a iniciativa privada, como universidades e órgãos, que já atuem com essa prática.
Os números mais recentes em Santa Catarina apontam 32 mortes por dengue e outras 11 ocorrências estão sob investigação.
Quase 65 mil casos são tratados como dengue e desses, pouco mais de 1 mil pacientes são considerados graves.
Segundo dados do Ministério da Saúde, 53,3% dos pacientes são do sexo feminino e 46,7% masculino. Sobre a faixa etária, o maior volume de casos está em pessoas entre 20 e 29 anos.
Em 2024, o pico da doença aconteceu no mês de fevereiro, com mais de 38 mil registros. Em 2023, o pico se deu no mês de abril, quando 70 mil casos foram contabilizados.
Adicionar comentário