A semana foi muito movimentada para o Partido Liberal de Santa Catarina. Aos trancos e barrancos, o PL de Jorginho Mello vai resolvendo seus problemas mais urgentes e as candidaturas vão surgindo nas principais cidades do Estado.
Imaginava-se que o assunto mais urgente no PL era a possível cassação do senador Jorge Seif, mas o ministro Alexandre de Moraes tratou de empurrar essa decisão lá para o dia 16 de abril.
Com isso, o PL catarinense conseguiu confirmar o apoio à reeleição de Topázio Neto em Florianópolis, com o acordo de indicar o vice na chapa. Essa definição pode, se Topázio vencer em 2024, fazer com que o PL receba o comando da Capital em 2026 se o atual prefeito for concorrer a deputado estadual.
Em Blumenau, o partido recebeu a confirmação da liberação partidária do deputado estadual Egídio Ferrari e, com isso, ele irá se filiar no PL para ser o pré-candidato a prefeito na principal cidade do Vale do Itajaí.
Em Joinville, é certo que o partido de Jorginho Mello irá confirmar o também deputado estadual Sargento Lima na disputa municipal de 2024. Em São José, Adeliana Dal Pont é a candidata escolhida por Jorginho Mello para disputar a prefeitura contra Orvino de Ávila (PSD), que busca a reeleição.
Em Itajaí, uma pesquisa interna do PL revelou que o adjunto da Secretaria de Portos e Aeroportos do Estado, Robison Coelho, foi melhor avaliado na cidade do que o vereador Rubens Angioletti e provavelmente deva ser o pré-candidato a prefeito.
Em Chapecó, a principal liderança para concorrer com o prefeito João Rodrigues (PSD) é a deputada federal Caroline de Toni (PL), mas lá ainda há chances de uma composição com Rodrigues, pois em Chapecó ele é tão favorito quanto Topázio Neto em Florianópolis.
As mais esperadas
A definição mais esperada da semana era a de Criciúma, mas o deputado federal e secretário de Estado do Meio Ambiente, Ricardo Guidi, saiu mesmo do PSD e aceitou a proposta de Jorginho Mello para ser seu pré-candidato a prefeito.
Com a saída dele do PSD, Arleu da Silveira também terá seu nome confirmado para a disputa com o apoio do prefeito Clésio Salvaro. Guidi só sairá perdendo se não vencer Arleu em 2024, pois deve perder o mandato de deputado federal por ter trocado de partido fora do prazo.
E em Balneário Camboriú, o governador Jorginho Mello comunicou o deputado estadual Carlos Humberto, líder do governo na Assembleia Legislativa, que a decisão do candidato a prefeito do PL na sua cidade será uma prerrogativa do atual prefeito Fabrício Oliveira.
Não tinha como ser diferente, pois em 2022 o próprio Jorginho participou de uma reunião com Fabrício, Carlos Chiodini (MDB) e vereadores da base do governo municipal para garantir o apoio a candidatura de Carlos Humberto, mas ele não poderia querer ser candidato em 2024, o que ele acabou não cumprindo.
Como fica o PL na Alesc?
Então, Carlos Humberto foi descartado e acabou virando uma incógnita dentro do PL. Ele tinha o apoio dos demais deputados estaduais do PL e do deputado federal Zé Trovão. Um dos que estavam com Carlos Humberto era o deputado Ivan Naatz, que também teve que engolir a seco a filiação do prefeito Mário Hildebrandt.
Então, a partir de agora, os Liberais da Alesc podem se transformar num feitiço contra o feiticeiro. Ana Campagnolo também não deve conseguir emplacar o seu candidato em Itajaí (Rubens Angioletti) e talvez só Sargento Lima (Joinville), Estêner Soratto (Tubarão) e Edilson Massocco, que vai ser candidato em Concórdia, saiam dessa eleição menos chamuscados.
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