Mais um dia de expectativa pela definição do julgamento de Jorge Seif

Hoje, se tudo correr como o esperado, haverá um desfecho no julgamento do senador Jorge Seif (PL) no Tribunal Superior Eleitoral por conta da denuncia de abuso de poder econômico feita pela Coligação “Bora Trabalhar”, dos partidos PSD, União Brasil e Patriota e também do ex-governador Raimundo Colombo (PSD).

Esse julgamento já teve dois adiamentos (4 e 16 de abril), mas hoje todos esperam que o resultado final saia e todos saibam se Seif perderá o mandato ou se continua no Senado Federal.

Durante todo o mês de abril o senador catarinense tem se movimentado para tentar se safar da cassação. Fez duas visitas aos ministros do TSE, se comprometeu em baixar o tom das críticas contra os magistrados no Congresso e até procurou senadores da base de apoio de Lula.

Nos corredores do Congresso dizem que o Governo Federal já pensa até em baixar a guarda nesse caso e deixar que a sua base trabalhe pela absolvição de Seif para que a cassação dele não pareça uma perseguição do Palácio do Planalto.

Mas o problema está no ministro Alexandre de Moraes, que antes de deixar a presidência do TSE, pensa em dar um fim nesse julgamento com a cassação do senador para mostrar a Jair Bolsonaro a sua força.

No último fim de semana, Jorge Seif esteve com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), e com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na abertura da Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), em Ribeirão Preto (SP).  

Os três pontos principais do processo são o uso de um helicóptero do empresário Luciano Hang, o uso da estrutura da rede de lojas Havan e financiamento da propaganda eleitoral.

E apenas três resultados são possíveis nesse na decisão dos ministros: as duas primeiras são a inocência de Seif, e com isso ele permanece no cargo, e a condenação apenas de Jorge Seif, onde então Hermes Klann, primeiro suplente, assumiria a cadeira.

A terceira hipótese seria a condenação de toda a chapa, que tem Jorge Seif, Hermes Klann e Adrian Rogers Censi, abrindo espaço para que Raimundo Colombo, que ficou em 2º lugar na eleição de 2022, ou um outro nome, se for decidido por uma nova eleição, assuma a cadeira definitivamente no Senado Federal, em Brasília, até janeiro de 2031.

Além de perder o cargo, o senador Jorge Seif pode ficar inelegível por um período de oito anos, voltando a vida política em meados de 2032.

Se o julgamento acontecer como o esperado, quem vota primeiro é o relator do processo, ministro Floriano Azevedo Marques. Logo depois votam os ministros André Ramos Tavares, Maria Isabel Diniz, Raul Araújo, Kássio Nunes Marques e Carmen Lúcia. Já o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, também pode votar no caso.

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