Para quem não lembra, a Operação Tapete Negro surgiu em 2012 para investigar possíveis irregularidades na pavimentação de ruas de Blumenau, onde segundo a Justiça e o Gaeco, foram denunciadas 15 pessoas, entre vereadores, comissionados da Prefeitura de Blumenau, empresários e empresas prestadoras de serviço.
O Ministério Público já tinha em mãos gravações de agentes públicos que supostamente direcionavam as pavimentações para a região de candidatos ligados a administração municipal da época.
Essa operação causa tanto temor na classe política que nas eleições de 2020 o então candidato a prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinubing, que era o prefeito em 2012, fez um site para informar que nunca participou de qualquer esquema relativo ao Tapete Negro.
Funcionários comissionados, vereadores e ex-vereadores, como Almir Vieira, Fábio Fiedler, Robinson Soares, Célio Dias e Brás Roncaglio foram investigados, mas todos acabaram absolvidos, muito pela demora da Justiça em apurar e julgar os processos, que acabaram prescrevendo.
Dos que continuam ativos na política municipal, o vereador Almir Vieira é o presidente do PP local, o ex-vereador Fábio Fiedler assumiu neste ano a presidência do Podemos de Blumenau e o ex-prefeito João Paulo Kleinubing, que se filiou no PL, é o atual presidente do Badesc no governo de Jorginho Mello.
Hoje Blumenau tem como pré-candidatos a vice-prefeita Maria Regina Soar (PSDB), a deputada federal Ana Paula Lima (PT), o deputado estadual Egídio Ferrari (PL), o ex-promotor Odair Tramontin (Novo), o ex-deputado estadual Ricardo Alba (Podemos) e a advogada Rosane Magaly Martins (Psol).
Todos querem passar longe de terem que explicar qualquer coisa sobre o Tapete Negro e por isso a escolha das parcerias dos candidatos a vice pode ter que excluir qualquer um que foi citado nesse processo que até hoje assombra os políticos e que ainda está na memória do eleitor de Blumenau.
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