As conversas em Brasília do deputado federal catarinense, Ricardo Guidi, com a cúpula nacional do PSD, em especial o presidente do partido, Gilberto Kassab, parece ter dado resultado.
O partido, que tinha 30 dias para requerer o mandato do parlamentar pela troca do PSD pelo PL de Jorginho Mello, não aconteceu. Essa decisão era do diretório nacional e coube ao PSD catarinense acatar.
Se o PSD tivesse pedido a cadeira de Guidi por conta da troca de legenda, Darci de Matos é quem ficaria com a vaga até o fim dessa legislatura.
Eron Giordani, que é o presidente do PSD catarinense, parece não ter concordado com a executiva nacional, mas teve que respeitar. O deputado estadual Júlio Garcia já tinha desistido de falar sobre Guidi depois que ele preferiu o PL.
Guidi poderia ter perdido a cadeira com a justificativa da infidelidade partidária. Agora, somente o suplente Darci de Matos ou o Ministério Público, depois de alguma denúncia, é que podem reverter o quadro, mas dificilmente alguém dentro do PSD de Santa Catarina iria querer bater de frente com Kassab.
A queda de braço de Ricardo Guidi com o PSD começou em junho de 2023 com a filiação do prefeito Clésio Salvaro. Guidi já tinha deixado claro que queria ser o pré-candidato a prefeito de Criciúma pelo PSD, mas para se filiar, Salvaro exigiu indicar o candidato do partido nas eleições de 2024.
Vendo que seria preterido, em agosto de 2023 Ricardo Guidi se aproximou do governador Jorginho Mello e aceitou assumir a Secretaria do Meio Ambiente e Economia Verde, dando mostras que já tinha interesse em ir para o Partido Liberal, coisa que aconteceu no início de abril deste ano.
Adicionar comentário