O ministro Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, confirmou na quarta-feira, 15, que a empresa Seara, que é uma subsidiária da JBS comandada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, vai assumir o comando das operações no Porto de Itajaí.
A fala do ministro aconteceu na reunião do Fórum Parlamentar Catarinense, onde deputados e senadores de Santa Catarina negociavam com o Governo Federal para a volta do Porto.
A empresa Mada Araújo Asset Management, que venceu o edital para operar o terminal em 2023, acabou devolvendo a cessão para o Ministério de Portos e Aeroportos.
Com isso, foi solicitado para a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) um parecer sobre a operação do Porto de Itajaí, que deve ficar pronto no prazo de 20 dias.
Agora, a expectativa é de que um contrato definitivo possa ser enviado ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que até o mês de julho a Seara consiga iniciar as operações.
Além da informação da nova empresa no Porto de Itajaí, o Governo Federal prometeu também colocar cerca de R$ 25 milhões para a obra de dragagem do canal do rio Itajaí-Açu, que dá acesso ao Porto.
Apesar disso, segundo o Governo do Estado, a movimentação de cargas nos portos de Santa Catarina cresceu 11,4% em relação a 2022, enquanto o crescimento nacional foi de 6,86%.
Pelo estado foram movimentadas 61,7 milhões de toneladas, 4,73% do total de 1,3 bilhão de toneladas de todo o Brasil.
O Porto de São Francisco do Sul teve o melhor desempenho, com 16,8 milhões de toneladas, figurando entre os 7 maiores do Brasil.
Na movimentação de contêineres, a participação de Santa Catarina é ainda mais significativa. O estado detém 21% da movimentação nacional, sendo o segundo estado que mais movimenta. O Portonave de Navegantes (1,3 milhões de TEUs) e o Porto Itapoá (1,1 milhões de TEUs) figuram em segundo e quarto lugar, respectivamente, entre os maiores do Brasil.
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