Durante todo o dia de terça-feira, 16, os membros do União Brasil de Santa Catarina conversaram para tentar chegar num entendimento com o ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, sobre as decisões tomadas por ele no União Brasil da Capital.
Tudo porque ele decidiu, sozinho, no fim do mês de junho, deixar a coligação de reeleição do prefeito Topázio Neto (PSD) para buscar um outro parceiro por entender que estava sendo deixado de lado em favor do PL de Jorginho Mello.
Também na terça-feira os deputados estaduais Jair Mioto, Sérgio Guimarães e Marcos da Rosa se reuniram num almoço com o presidente estadual do UB, deputado federal Fábio Schiochet, no gabinete de Mioto na Alesc, para pedir a intervenção da executiva municipal por não concordarem com a decisão de abandonar a parceria com o PSD.
Os vereadores Dalmo Menezes, Dinho e Josimar “Mamá” Pereira já tinha anunciado que não vão deixar o grupo governista na Câmara de Florianópolis por temerem as consequências de uma mudança repentina de rota, já que estiveram com o governo nos três anos e meio da atual administração. A suplente Noemi Leal diz acompanhar seus pares da Câmara.
Gean diz não temer a intervenção por ter recebido de ACM Neto a garantia de que permanece no comando do União Brasil de Florianópolis.
Ele também aposta no fato do trâmite de uma intervenção dentro do União Brasil nacional ter prazos a serem cumpridos, o que levaria o caso para o mês de agosto, após o período de registro das candidaturas.
A convenção do diretório municipal acontece já neste sábado, na Assembleia Legislativa, e lá será homologado o nome de Maria Cláudia Goulart como candidata a vice-prefeita possivelmente na chapa do ex-senador Dário Berger (PSDB).
FÁBIO SCHIOCHET SE MOVIMENTA
Mas Fábio Schiochet informou para os deputados estaduais no almoço e também a noite, após as conversas online com Gean Loureiro, que já falou com o presidente nacional do partido, Antônio Rueda, solicitando rapidez na possível intervenção.
Schiochet informa que a intervenção pode se dar através de uma convocação da executiva nacional, onde 3/5 dos membros aprovariam e logo em seguida a executiva municipal seria destituída, anulando os atos já aprovados na convenção.
Mesmo assim, o partido correria o risco de perder o prazo das inscrições dos candidatos, cuja data final é o dia 15 de agosto
Ninguém sabe quem sairá vencedor dessa disputa interna, mas é certo que o União Brasil em Santa Catarina se transformou numa bomba relógio prestes a ser detonada. Resta saber quem será atingido com tudo isso.
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