Na manhã desta quarta-feira, 4, Gaeco e o Geac deflagaram mais uma operação nas cidades de Caçador, Chapecó e Calmon, em apoio à 2ª Promotoria de Justiça. A “Operação Citrus” apura crimes os crimes de peculato, corrupção passiva, fraude em licitação, associação criminosa e lavagem de dinheiro na administração pública.
Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão nos três municípios de Santa Catarina, conforme determinação da Vara Criminal da Comarca de Caçador. A investigação seguirá em segredo de justiça.
Os fatos investigados referem-se à utilização irregular de servidores públicos para fins particulares, o recebimento ilegal de recursos públicos por políticos utilizando-se de pessoas e empresas laranjas, bem como a suspeita de direcionamento de licitação no setor de publicidade e propaganda.
A operação contou com o apoio técnico da Polícia Científica de Santa Catarina para agilizar a confecção e conclusão dos laudos periciais com a extração das evidências digitais dos materiais apreendidos.
POLÍCIA EM GASPAR
Já em Gaspar, no Vale do Itajaí, a 4ª Delegacia Especializada em Combate à Corrupção da Polícia Civil deflagrou a “Operação Limpeza Urbana”, que investiga um esquema de superfaturamento no serviço de limpeza urbana no município entre os anos de 2017 e 2023.
Através dos documentos recebidos, a Polícia Civil verificou que houve casos em que a empresa VFC Serviços, que também é investigada em Blumenau por receber o valor de R$ 2 milhões com o mesmo modo operandi, teria alterado as medições para lucrar acima do normal em serviços de roçada, capinagem e outros serviços de limpeza urbana.
Os serviços teriam acontecido em área de mata de Gaspar, onde as medições informadas pela empresa superavam até o tamanho da extensão do terreno. Esses supostos superfaturamento contava com o aval de servidores públicos responsáveis pela fiscalização do contrato.
Segundo o delegado André Beckman, ao menos seis envolvidos sabiam da irregularidade, onde dois eram ex-secretários de Obras e três eram fiscais de obras públicas.
A Polícia Civil constatou também que esses serviços, que antes era prestado para a Secretaria de Obras, passou a ser prestado para o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Gaspar, sendo que o secretário de Obras da época é o mesmo que hoje preside o Samae.
Foram cumpridas buscas nas casas dos fiscais e dos ex-secretários, onde foram identificados pagamentos superfaturados.
Em nota, a prefeitura de Gaspar disse que está contribuindo com as investigações e aguarda mais informações das autoridades. A Prefeitura de Gaspar disse que também instaurou uma auditoria administrativa interna para apurar os fatos.
A assessoria de comunicação do município disse que o atual presidente do Samae, Jean Alexandre dos Santos, preferiu não se manifestar.
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