Prefeito Clésio Salvaro vai continuar preso no Presídio de Itajaí

Na manhã desta quinta-feira, 19, foi retomado o julgamento da revogação ou não da prisão do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), e de mais 16 investigados que estão presos por conta da Operação Caronte.

Por maioria simples, tanto Salvaro como os demais permanecem nos presídios até que o prazo legal da prisão preventiva termine ou que os advogados consigam uma liminar que permita que os investigados sejam liberados.

Na sessão da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), o desembargador Antônio Zoldan foi voto vencido, pois desembargadora Cynthia Scheffer, que é a relatora do processo do prefeito Salvaro, e o desembargador Luís César Schweitzer mantiveram as suas decisões que não alterou a atual situação das 17 pessoas.

Outro que estava aguardando a decisão de hoje foi o ex-secretário de Assistência Social de Criciúma, Bruno Ferreira, que também está preso no presídio Santa Augusta desde o dia 5 de agosto, quando foi deflagrada a primeira fase da operação que cumpriu 7 mandados de prisão preventiva e 38 mandados de busca e apreensão.

Já Clésio Salvaro foi detido no dia 3 de setembro na segunda fase da Operação Caronte. No seu despacho, a desembargadora Cynthia Scheffer apontou supostas interferências do prefeito nas investigações e por isso pediu a prisão preventiva dele.

Antes da prisão, Salvaro publicou um vídeo na sua rede social dizendo “eu tenho certeza da minha inocência. Não há dolo, não há intenção, não há vantagens, não há absolutamente nada que possa me incriminar, exceto a liderança que exercemos na política, exceto esse poder de transferir o voto, exceto a certeza de que vamos vencer as eleições”. Ele também falou que a sua prisão era uma suposta influência do governador Jorginho Mello (PL) para mantê-lo fora da eleição municipal.

O governador de Santa Catarina desmentiu a fala do prefeito informando que essa investigação corre na justiça há mais de dois anos e que Salvaro foi preso por conta do processo e não por causa da política.

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