Na tarde desta quinta-feira, 26, a desembargadora Cinthia Bittencourt Schaefer determinou a liberação do prefeito Clésio Salvaro (PSD) e de mais 11 pessoas investigadas na Operação Caronte, que terão que cumprir medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica.
Como a desembargadora determinou também que Salvaro não poderá voltar as suas funções na Prefeitura de Criciúma pelos próximos quatro meses, ele não volta mais para o cargo, já que a sua administração termina em 31 de dezembro deste ano.
Além de Clésio Salvaro, também foram liberados Sandro Heil Guaragni, Thiago de Moraes, Jefferson Damin Monteiro, Gineides Varela da Silva Junior, Anilso Cavalli Junior, Henrique Monteiro, Gilberto Machado Junior, Bruno Ferreira, Juliane Abel Barchinski, Juliano da Silva Deolindo e Hélio da Rosa Monteiro.
No despacho, a desembargadora escreveu “advirto que os efeitos da presente decisão não se estendem aos denunciados Leonardo Renan Leier, Fábio André Leier, Guilherme Mendonça e Eduardo D´Avila, vez que ainda não apresentaram a necessária defesa preliminar, mesmo que alguns já tenham sido notificados e o prazo transcorrido, situação que denota ausência de cooperação e sugere risco à instrução criminal”.
Sobre Clésio Salvaro, Cinthia Bittencourt Schaefer escreveu que “o Ministério Público exclui da inicial o possível envolvimento do Prefeito em crimes de corrupção, limitando-se em afirmar que ele integra a organização criminosa e participa dos delitos licitatórios e relacionados às contratações públicas… a apreensão de documentos sigilosos em posse do Alcaide é evidência concreta que ele tinha prévio conhecimento sobre as investigações e, naturalmente, sobre os fatos criminosos supostamente ocorridos na sua gestão… Clésio Salvaro somente adotou alguma postura mais ativa para fazer cessar a suposta prática delitiva nos serviços funerários de Criciúma após a deflagração da primeira fase da Operação Caronte, é o que prova a própria documentação apresentada por sua defesa no evento 59”.
A desembargadora também criticou o Sistema Prisional catarinense, pois afirmou que recebeu dos advogados de defesa de Anísio Cavalli Junior e de Gineides Varela da Silva Junior que havia irregularidades dentro dos Presídios onde eles estavam detidos.
Anísio é advogado e Gineides é empresário e tinham direito a cela especial durante o tempo em que estiveram presos, mas foram transferidos de local sem qualquer mandado judicial e por 24 horas foram colocados com presos de alta periculosidade e integrantes de facção criminosa.
GRAVOU UM VÍDEO
Logo depois de saber da soltura do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, o também prefeito João Rodrigues, de Chapecó, gravou um vídeo se mostrando feliz e disse que Salvaro não é bandido e nem corrupto.
“Aqueles que se precipitaram, aproveitaram-se deste infortúnio, apostando que não, que Clésio ficaria muito tempo, queriam tirar proveito para o momento eleitoral, machucaram tanto esta família, machucaram Criciúma, vocês vão pedir perdão? Vão pedir desculpa?”, falou João Rodrigues no vídeo.
Ele aproveitou para dizer que a maior justiça será feita pelo povo no dia 6 de outubro com a vitória de Vagner Espíndola, candidato a prefeito do PSD em Criciúma. “Votando Vaguinho 55 pela liberdade. Clésio Salvaro, bem-vindo a tua terra, bem-vindo a sua casa, bem-vindo aos seus amigos”, finalizou o prefeito de Chapecó.
Veja o vídeo postado por João Rodrigues (PSD):
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