Durante todo esse ano de 2024 o governador Jorginho Mello mapeou muitos políticos que se encaixavam no perfil bolsonarista para que o PL os lançasse como candidato a prefeito das suas cidades.
Jair Bolsonaro esteve no Estado em julho dando uma prévia de como poderia ser a campanha eleitoral deste ano, principalmente nos municípios mais populosos de Santa Catarina. Em 16 de agosto a eleição municipal iniciou oficialmente e desde então a expectativa parece não ter se confirmado.
As 15 cidades mais populosas do Estado são Joinville, Florianópolis, Blumenau, São José, Itajaí, Chapecó, Palhoça, Criciúma, Jaraguá do Sul, Lages, Brusque, Balneário Camboriú, Tubarão, Camboriú e Navegantes e em apenas 4 o PL tem candidato com chance maior de vencer.
E entre essas quatro, nenhuma delas Bolsonaro passou nessa sua última vinda para Santa Catarina no mês de setembro. Sem contar que em Palhoça, com Eduardo Freccia; e em Brusque, com André Vechi, são prefeitos que buscam a reeleição e que já eram os favoritos antes de ir para o PL.
Já em Itajaí com Robison Coelho, em Balneário Camboriú com o Peeter Lee Grando, em São José com Adeliana Dal Pont e em Criciúma com Ricardo Guidi o PL levou o ex-presidente para turbinar essas candidaturas, mas elas não decolaram como era o esperado.
Mas a maior decepção ficou mesmo por conta do deputado estadual Sargento Lima, em Joinville, que além de não ter sequer conseguido chegar perto das intenções de voto do prefeito Adriano Silva (Novo), luta com o ex-prefeito Carlito Mers (PT) pela segunda posição.
Fato é que as interferências locais e os personagens municipais acabaram tendo mais influência nessa eleição do que a polarização nacional. O catarinense preferiu olhar para dentro da sua cidade do que se ancorar em apenas ser bolsonarista e lulista.
Mas, como as pesquisas mostraram, o que fez a diferença na escolha do candidato é se ele é de direita ou de esquerda. Em 2024, a esquerda ainda tem uma rejeição grande em praticamente todas as cidades e candidatos do PT e do Psol se viram em um ambiente desfavorável justamente porque o nosso Estado assumiu uma vertente direitista.
Só que a falta de obras em Santa Catarina no Governo de Jair Bolsonaro, como por exemplo o término da BR 470, também não foi deixado de lado e tá sendo colocado na mesa nessa eleição municipal.
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