A história do vereador eleito Egídio Beckhauser (Republicanos) com Blumenau começou de verdade na década de 90, quando veio para a cidade treinar o time de futsal. Mas na política, ele iniciou mesmo em 2017 quando assumiu pela primeira vez a Fundação Municipal de Desportos.
Mesmo sendo natural de Armazém, no sul de Santa Catarina, Egídio se candidatou para vereador em 2020 numa eleição que dividiu a atenção do eleitor com a pandemia do Covid-19, mas mesmo assim acabou sendo o quinto candidato a vereador mais votado, recebendo 2.733 votos.
A segunda surpresa para ele veio em janeiro de 2021, quando assumiu o mandato e foi eleito presidente da Câmara Municipal, onde um grupo de vereadores se uniu e conseguiu desbancar o grupo de situação que representava a administração de Mário Hildebrandt (PL).
Mas o jogo começou a virar quando o Partido Novo entrou com uma denúncia no Tribunal Regional Eleitoral por uma irregularidade do Republicanos, partido de Egídio, que teria usado candidatas só para cumprir a legislação, mas que sequer tinham feito campanha.
O Republicanos foi condenado e todos os votos do partido foram anulados. Com isso, Egídio Beckhauser também foi punido e em abril de 2023 ele acabou perdendo o mandato.
Na eleição de 2024 ele decidiu novamente concorrer a Câmara Municipal e em outubro último conseguiu se reelegeu vereador de Blumenau recebendo 3.736 votos.
Para ele e para seus eleitores, a vitória acabou sendo uma reparação de um erro do seu partido onde Egídio Beckhauser foi o único que pagou pela irregularidade.
Mas agora, além de assumir um novo mandato em 2025, pode voltar a presidir o legislativo blumenauense novamente com uma composição de eleitos, mas agora com o apoio do novo prefeito Egídio Ferrari (PL), que também vai iniciar o seu primeiro mandato.
Se isso realmente acontecer, será um roteiro de ascensão, queda e retorno para um esportista que ainda não se enquadra na categoria de político, mas que pode dar um ar mais equilibrado para a Câmara de Blumenau que nos últimos dois anos teve a sua imagem arranhada por várias decisões que a população não gostaria que tivesse acontecido.
Egídio Beckhauser seria o presidente ideal para o prefeito Egídio Ferrari para evitar que a Câmara, já no início do mandato, se torne uma pedra no sapado de um prefeito que no seu primeiro ano mais vai aprender do que ensinar.
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