Fala de Fernando Schüler mostra o perigo da volta da censura no Brasil

Fernando Luís Schüler é um filósofo, professor universitário, articulista, cientista político e consultor de empresas e organizações civis nas áreas de cultura e ciências políticas. Ele já foi secretário de Estado da Justiça e do Desenvolvimento Social do Rio Grande do Sul e atualmente é colunista da revista Veja e comentarista do Grupo Bandeirantes de Comunicação.

Schuler é curador do projeto Fronteiras do Pensamento, que promove debates com pensadores internacionais a fim de abordar temáticas contemporâneas, e em abril deste ano ele foi homenageado no 37º Fórum da Liberdade, que aconteceu na cidade de Porto Alegre (RS).

Esse evento é promovido desde 1988 pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE) o Prêmio Liberdade de Imprensa foi criado em 2007 com o objetivo de homenagear indivíduos dedicados ao desenvolvimento do pensamento crítico e à defesa e valorização da liberdade de imprensa.

Com o tema central “Admirável Mundo Livre?”, o evento reuniu milhares de pessoas na PUC RS e na sua homenagem, Schuler descreve bem o perigo de estarmos indo para um caminho que pode levar o brasileiro de volta ao momento de censura baseado apenas naquilo que alguns magistrados acham que pode ser melhor para o país.

Hoje estamos interpretando ou criando leis baseado apenas numa polarização que só beneficia quem controla os dois grupos e vai acabar levando o Brasil para um passado que pensávamos que já estava sendo enterrado.

Não quero aqui me alongar muito, mas na sua fala, Fernando Schüler diz que hoje estamos, e aí coloco todos e principalmente os jornalistas, subordinados a uma subjetividade humana, onde um juiz acha o que é uma ameaça à democracia, onde um juiz acha que é um discurso de ódio, ou onde um juiz acha que é verdade ou inverdade uma informação e diante disso acabamos ficando subordinados não a objetividade da lei, mas sim a interpretação subjetiva falível de alguém que tem o poder da decisão.

Como disse também, defender a liberdade de expressão é defender a democracia. Defendendo a liberdade de expressão é também aceitar as más ideias, aquelas das quais a gente não concorda e com isso defendemos o direito ao erro, pois através do erro defenderemos e chegaremos na verdade.

Eu mostro a fala do Schüler não para que vocês concordem com tudo que ele disse, mas sim para começarmos a criar pensamentos a partir da opinião dele, minha, sua e de todos que querem que a democracia impera no Brasil.

Não temos que concordar sempre e nem discordar sempre, mas temos que aceitar e sermos aceitos com a ideia que defendemos e achamos certo e a partir daí todos contribuímos para um país melhor e para a escolha de representantes melhores para os governos. Com isso, até não escolher ninguém passa a ser uma alternativa a ser aceita numa eleição e na sociedade dita moderna.

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