Ontem terminou a eleição municipal de 2024 e há 22 anos, no dia 27 de outubro de 2002, o então ex-prefeito de Joinville, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), venceu a eleição mais disputada de Santa Catarina recebendo 50,34% dos votos.
Foi um resultado surpreendente, pois o emedebista impediu a reeleição do governador Esperidião Amin (PPB), que recebeu 49,66% dos votos no segundo turno.
Foi uma vitória de apenas 0,68%, ou seja, de apenas 20.724 votos, o que fez de Luiz Henrique da Silveira se transformar no político catarinense com maior expressão no cenário nacional, pois além de ter sido governador do Estado, já tinha sido deputado estadual, deputado federal, presidente nacional do PMDB, ministro da Ciência e Tecnologia e prefeito de Joinville.
Naquela eleição, o vice de Luiz Henrique era o ex-governador Eduardo Pinho Moreira (PMDB) e o vice de Amin era o ex-deputado federal Eni Voltolini.
No primeiro turno, além de Amin e Luiz Henrique, disputaram aquela eleição para o Governo de Santa Catarina os candidatos José Fritsch (PT), Antônio Bello (PSB), Sérgio Grando (PPS) e Gilmar Salgado (PSTU).
O que evitou a vitória de Amin no primeiro turno, que ficou com 39,86% dos votos, foi a votação de LHS (30,08%) e a boa quantidade de voto recebida pelo petista Fritsch (27,33%), que acabou sendo beneficiado pela eleição do presidente Lula (PT), que acabou sendo presidente do Brasil pela primeira vez.
A eleição, que foi decidida voto a voto até o último instante, teve uma polarização entre os dois candidatos, mas Luiz Henrique apostava na vantagem obtida em Joinville, que é o maior colégio eleitoral do Estado, para terminar a apuração na frente. Reunido em casa com a família, o peemedebista respirava aliviado com os números positivos da pesquisa de boca de urna.
LHS disse na época que o apoio de José Fritsch no segundo turno foi fundamental para a sua vitória em 2002, pois em setembro daquele ano, o governador Amin aparecia nas pesquisas com mais de 60% da intenção de votos, podendo vencer já primeiro turno.
Até as vésperas das eleições, o resultado era imprevisível, com um empate de 44% das intenções de votos os dois candidatos que disputaram o segundo turno.
Outro ponto que fez LHS virar o jogo foi o apoio de Lula, que prestigiou o candidato do PMDB com seu último comício de campanha, transferindo a maior parte dos votos do PT para ele.
Foi realmente uma eleição histórica e uma das últimas onde o trabalho da militância, os programas do horário eleitoral e os comícios de rua ainda faziam parte das campanhas eleitorais do Brasil.
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