Três emedebistas acham prematuro o partido respaldar a reeleição de Jorginho Mello

O assunto da semana passada era a entrada do MDB de Santa Catarina no Governo de Jorginho Mello (PL), onde se acertou com o governador que o partido ficaria com três secretarias.

Jerry Comper fica na Secretaria de Infraestrutura, mas agora podendo indicar seus aliados nos cargos estratégicos. O MDB também terá total gerência na Secretaria de Agricultura, onde provavelmente terá como titular dessa pasta o deputado estadual Volnei Weber, já que Antídio Lunelli preferiu continuar na Assembleia Legislativa.

O partido terá uma terceira secretaria ainda a ser anunciada por Jorginho Mello e quem deve assumi-la é o deputado federal Carlos Chiodini, por conta do bom trânsito que tem no Governo Lula. O governador quer que ele faça a ponte para que Santa Catarina receba mais recursos federais para obras que o Governo do Estado precisa colocar em prática até 2026.

Comenta-se que o MDB deva ficar com a Casa Civil ou a Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias, mas como o suplente de senador Beto Martins (PL) deve voltar ao comando da Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias, o MDB deve ficar mesmo com a Casa Civil.

E é justamente pensando em 2026 que o deputado federal Valdir Cobalchini e os ex-governadores Eduardo Pinho Moreira e Paulo Afonso Vieira acham que é prematura a decisão do MDB já respaldar a reeleição de Jorginho Mello faltando praticamente dois anos para a disputa.

Eles até são favoráveis a entrada do MDB no Governo do Estado, mas acham cedo demais a legenda garantir para Jorginho Mello que estarão juntos lá em 2026, mesmo que o partido venha a ganhar a cadeira de vice.

Para o trio, os interlocutores estão pensando mais no grupo do que no partido, pois o MDB tem 70 prefeitos e precisa saber jogar o jogo e não se entregar para Jorginho apenas pelas três secretarias.

O problema de Valdir Cobalchini é que o seu filho, o vereador João Cobalchini (Florianópolis), tem um projeto pessoal de se lançar candidato a deputado estadual em 2026 e a aliança com o PL já é uma realidade na Capital do Estado.

Ainda não se falou nada sobre a eleição do novo presidente da Assembleia, que vai acontecer em janeiro de 2025. Para que Mauro de Nadal possa concorrer novamente, é necessário que os deputados estaduais aprovem uma emenda ao regimento interno da Casa permitindo uma reeleição, coisa que hoje é proibido.

Então, não há garantias que o PL abra mão dessa disputa e, com isso, a principal cadeira da Alesc pode ficar com o deputado estadual Júlio Garcia, que foi quem articulou em 2023 a vitória de Nadal contra a bancada do PL e do PP, que tinham lançado o deputado Zé Milton Scheffer (PP).

Então há esse impasse entre Valdir Cobalchini, Paulo Afonso e Eduardo Moreira com os deputados estaduais do MDB e com o presidente do partido no Estado, Carlos Chiodini.

Fato é que o MDB já aceitou a oferta de Jorginho Mello e vai entrar no Governo do Estado podendo fazer muitas indicações, mas a dúvida que fica é se a base também vai chancelar essa empreitada sabendo que em 2026 vão ter que novamente torcer para um candidato de outro partido.

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