Mesmo sendo uma cidade reconhecida como um forte polo econômico em Santa Catarina, Blumenau perdeu nos últimos vinte anos 40 posições no ranking do PIB per capita, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Sebrae.
O PIB per capita é um indicador que representa o valor médio que cada habitante da cidade teria do total de riquezas produzidas no município. Ou seja, em 2002 a cidade era a 21ª no ranking e em 2022 passou a ser a 61ª colocada entre os 295 municípios catarinenses.
Ele serve também como parâmetro para avaliar a prosperidade econômica de uma localidade, embora não reflita diretamente a distribuição de renda ou qualidade de vida.
O dado foi repassado pelo vereador Diego Nasato, que diz também que a informação reflete uma mudança importante na competitividade econômica local e acende um alerta para a necessidade de novas estratégias de desenvolvimento, coisa que não vem acontecendo nas últimas administrações municipais.
A queda de Blumenau nesse indicador mostra um crescimento econômico inferior ao de outras cidades do Estado ou então um aumento populacional mais acelerado que a ampliação da base econômica.
Segundo Diego, “Blumenau estava 42% acima da média catarinense e agora encontra-se 4% abaixo”. Ele se mostra preocupado com os índices apontados e sugere que o próximo prefeito crie ações estratégicas, pois acredita que a cidade tem potencial para voltar a crescer.
“O declínio no ranking pode ser atribuído a fatores como a perda de protagonismo em setores tradicionais da economia local, como têxtil e tecnologia, ou à falta de investimentos robustos em inovação, infraestrutura e qualificação profissional ao longo dos anos”, disse o vereador.
Nasato entende que, para reverter essa queda, é preciso investir na diversificação econômica e aumentar a produtividade local. “Fomentar a inovação tecnológica, atrair novos negócios, oferecer incentivos fiscais e priorizar a capacitação da mão de obra são passos fundamentais”.
Até o ano de 2012, Blumenau era considerada uma cidade industrial, mas depois, com o fechamento de alguns polos industriais e venda de grandes empresas para grupos de fora, a cidade passou ter a sua matriz produtiva mais baseada no comércio e no serviço.
Ou seja, muita gente que trabalhava nas grandes empresas da cidade acabou perdendo seus empregos e foram obrigados a empreender ou a prestar serviços informalmente, o que causou uma diminuição da renda familiar e, consequentemente, uma queda econômica na cidade.
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