Parte dos deputados estaduais do PL também devem compor com Júlio Garcia

Depois de receber o apoio dos deputados estaduais do PSD, Novo, PP, Podemos, União Brasil e Republicanos na eleição presidencial da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Júlio Garcia já recebeu indicações favoráveis até de parlamentares do Partido Liberal.

Um deles foi o deputado estadual Ivan Naatz, que publicou na sua rede social que “Júlio Garcia é a melhor escolha para presidir a Assembleia”. Obviamente que, com o post, buscou publicidade, mas também revela que o PL não tem consenso sobre o assunto.

Fato é que, numa recente reunião com a bancada de deputados estaduais do seu partido, o governador Jorginho Mello, quando perguntado sobre a escolha do presidente da Alesc, disse que não iria se envolver, pois esse assunto é da Assembleia.

Então os 12 deputados do Partido Liberal entenderam que estavam liberados para fazerem as suas escolhas. Isso mostra também que o governador não tem o controle da sua bancada, não podendo cobrar do PP e do MDB que eles sejam fiéis ao Governo do Estado por terem cargos por lá.

Mas vale lembrar que numa das reuniões do governador com o MDB, ele havia prometido que trabalharia para manter um emedebista na presidência da Alesc e agora três deputados da bancada emedebista cobram dele essa promessa.

Os outros três já estariam fechados com o deputado Júlio Garcia. Um dos deputados emedebistas chegou a dizer que, liberando a bancada do seu próprio partido, o governador prometeu a presidência da Alesc para o MDB sem poder cumprir.

Internamente comenta-se que Garcia já teria até os votos dos partidos de esquerda (PT, Psol e PDT), o que lhe dá uma vitória absoluta para ser o próximo presidente da Assembleia a partir de fevereiro de 2025, sendo essa a quarta vez que ocuparia o cargo.

Outro ponto que dá para Júlio Garcia uma vantagem sobre qualquer concorrente é que em junho deste ano ele declarou, numa entrevista à rádio Som Maior, que esse será o seu último mandato como deputado estadual, pretendendo disputar uma cadeira em Brasília na eleição de 2026.

Então, os deputados estaduais catarinenses, até como uma forma de homenageá-lo, entendem que ele deva sair da Alesc como o presidente da Casa.

Diante de todos esses fatos, é praticamente irreversível ele não ser eleito e sabendo disso, o governador Jorginho Mello não iria se atrever em tentar lutar contra o óbvio, pois tentar poderia lhe trazer problemas em aprovações de propostas do Governo do Estado dentro do parlamento.  

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