As BRs são a pedra no sapato do desenvolvimento de Santa Catarina

“Em plena segunda-feira, quinze para meia noite. E a BR 101 totalmente parada”. Essa foi a frase usada pelo deputado estadual Napoleão Bernardes (PSD) para mostrar como estava aquela via num período que, há alguns meses, isso sequer era cogitado.

Mas a BR 101, no trecho entre a entrada da cidade de Penha até a entrada do município de Porto Belo, se transformou num verdadeiro inferno para quem é obrigado a trafegar por ali em qualquer hora do dia e agora da noite também.

No mês de maio deste ano aconteceu uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa para discutir esse problema e se constatou que era necessário construir uma rodovia paralela a BR 101 para desafogar o tráfego. Essa rodovia paralela foi chamada de BR 102 e não só o deputado Napoleão, mas a Amfri (Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí) também se mobilizou para lutar pela obra.

Numa reunião realizada na sede da Associação no dia 11 de novembro deste ano, viu-se a possibilidade de fazer uma ligação de Joinville até o Contorno Viário da Grande Florianópolis para desafogar o tráfego da BR 101.  

Com a participação da Fiesc e Fetranscesc, o secretário de Estado da Infraestrutura, Jerry Comper, apresentou um projeto de 145 km de três pistas em cada sentido entre Joinville e Itajaí. Esse seria a primeira parte a ser feita, que seria dividido em 4 lotes, com um custo estimado de R$ 9,6 milhões.

O quinto lote, que iria de Itajaí até o Contorno Viário da Grande Florianópolis, seria feito numa segunda etapa, fechando assim 100% da obra. A previsão de conclusão da primeira etapa seria de aproximadamente 2 anos e da segunda etapa necessitaria de um estudo para se ter tempo e valores.

O problema é que estamos chegando em mais uma temporada de verão em Santa Catarina e já se sabe que a BR 101 vai parar nos dois sentidos, não só nos períodos de maior trânsito, mas provavelmente em grande parte do dia.

Isso não só vai dificultar a vida de quem vai para o litoral, mas vai também atrasando entregas das transportadoras, vai aumentar muito o tempo do transporte de passageiros, vai aumentar o gasto com o combustível e, consequentemente, vai aumentar o preço de tudo que é transportado na BR 101.

Apesar de sermos o sexto Estado que mais arrecada impostos para manter toda a máquina nacional, não temos tido muita consideração pelos diversos Governos Federais das últimas décadas.

Já não é mais uma questão partidária, pois vários presidentes passaram pelo cargo e nada fazem, mas agora é uma questão de respeito. Se já não bastasse a demora da conclusão da BR 470, que já completou seus 30 anos de obra, será que teremos que esperar mais algumas décadas para conseguirmos trafegar com tranquilidade dentro do próprio Estado pela BR 101?

Isso eu não sei responder, mas sei responder que eleição é coisa séria e não dá mais para ficar brigando na rede social e na hora de votar, colocar sempre as mesmas caras carimbadas que dão sempre a mesma desculpa esfarrapada.

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