Jorginho Mello está errando na mão com o MDB de Santa Catarina

Todo mundo já esperava um anúncio formal da entrada do MDB catarinense no Governo do Estado, mas na última hora descobriram que as ofertas feitas por Jorginho Mello (PL) não coincidiam com a realidade.

O governador já tinha manifestado a intenção de trocar o secretário de Infraestrutura, Jerry Comper, mas o MDB e nem o presidente estadual Carlos Chiodini aceitaram mexer nesse vespeiro para evitar um conflito interno.

Agora foi a vez do deputado estadual Antídio Lunelli descobrir que na sua futura Secretaria, a Agricultura e Pecuária, não poderá indicar o secretário-adjunto e nem os mandatários das empresas que estão no seu guarda-chuva, como a Cidasc, Epagri e Ceasa.

Mas o que mais está impactando os emedebistas é que Jorginho Mello quer dar para Carlos Chiodini a Secretaria do Meio Ambiente e Economia Verde, diferente daquele discurso que ele seria o elo entre o Governo do Estado com o Governo Federal.

Imaginava-se que Chiodini poderia assumir a Casa Civil ou uma Secretaria como a Articulação Nacional, mas o governador do Estado não abre mão de ter alguém próximo nesses postos. 

Na próxima segunda-feira, 9, o deputado Carlos Chiodini reassume o comando do MDB catarinense e pode ter que ouvir do vice-presidente do MDB e também deputado federal Valdir Cobalchini a frase “eu avisei”.

Com essas condições oferecidas por Jorginho Mello pode fazer com que o MDB até fique com os cargos no Governo do Estado, mas dificilmente vai se comprometer com a sua reeleição de 2026 agora e também pode querer manter a bancada na Alesc independente, votando de acordo com a matéria.

No almoço da próxima terça-feira, 10, na Alesc, a bancada emedebista vai discutir o assunto para ver como procederá. O ponto principal é que Carlos Chiodini ganhe uma Secretaria a sua altura, caso contrário ele permanece em Brasília e o MDB fora do governo.

Jorginho Mello tenta fazer o que o ex-governador Luiz Henrique da Silveira fez quando ainda era prefeito de Joinville e depois como governador do Estado. A grande diferença é que Luiz Henrique pensava no grupo e Jorginho Mello está pensando apenas em si.

E esse erro, mesmo o governador sendo um político experiente, pode lhe custar caro, pois Carlos Moisés cometeu um erro com o MDB e vimos no que deu.

O MDB não é qualquer partido e só ele, mesmo tendo o número de prefeitos diminuído, ainda decide eleições em Santa Catarina. Então, a cúpula e a militância emedebista tá de olho, pois não vai querer, mais uma vez, ver a sua importância diminuída no cenário político estadual.

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