Não é segredo para ninguém em Santa Catarina que o governador Jorginho Mello está emprenhado em garantir os apoios para a sua reeleição em 2026.
Diante disso, quer ver o MDB no seu governo para que o partido dê peso a sua futura coligação, já que o Massa Bruta tem militância e hoje é o segundo partido mais importante do Estado, ficando atrás somente do seu PL, que conquistou 90 Prefeituras em 2024.
A diferença é que a militância do MDB é mais fiel do que a do PL, já que Jorginho Mello encheu o partido com políticos que, em muitos casos, não se encantam com o bolsonarismo.
Mas a posição de hoje do MDB é que o partido dê para Jorginho a governabilidade dentro da Assembleia Legislativa, sem que feche um acordo definitivo para apoiá-lo em 2026.
Nesta terça-feira, 10, a bancada de deputados do MDB junto com a executiva estadual tem o almoço semanal na Alesc, onde vão novamente discutir se vale a pena entrar no governo de mala e cuia com as Secretarias oferecidas pelo governador.
Além da Secretaria de Infraestrutura, que já é comandada por Jerry Comper, o partido poderia indicar o secretário da Agricultura e do Meio Ambiente. Na Agricultura, o nome indicado pelo MDB seria do deputado estadual Antídio Lunelli, mas o deputado federal Carlos Chiodini tinha a promessa de ser colocado numa pasta que o fizesse ser o elo do Governo do Estado com o Governo Federal.
O partido acreditava que poderia ficar com a Casa Civil, mas a pasta do Meio Ambiente não agradou os emedebistas e espera que o governador reveja a sua posição. Mas diante do que pensa Jorginho Mello, de colocar gente da sua confiança em cargos próximo a ele, é isso que ele tem para oferecer para o MDB.
O partido sequer poderá indicar o secretário-adjunto das Secretarias disponibilizadas e na Secretaria de Agricultura, Lunelli também não irá escolher os mandatários das empresas que estão no seu guarda-chuva, como a Cidasc, Epagri e Ceasa.
Então, o partido já está com um pé atrás sobre esse apoio à reeleição de Jorginho e muito provavelmente deva esperar mais um pouco para não cometer o mesmo erro que o MDB cometeu na reeleição do ex-governador Carlos Moisés (Republicanos).
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