Há 31 anos o Porto de Itajaí era municipalizado e a Prefeitura Municipal assumia o controle administrativo definitivo. Curiosamente o próprio Décio Lima (PL) foi nomeado para ser o administrador do Porto entre os anos de 2005 e 2006 justamente pelo atual prefeito Volnei Morastoni quando ele ainda estava no PT.
Agora, em 2024, foi o próprio Décio que escolheu o advogado e companheiro de partido João Paulo Tavares Bastos para fazer a intermediação da federalização do Porto de Itajaí. João Paulo, inclusive, é o nome mais cotado para ser o próximo administrador, sendo indicado pela direção do Porto de Santos, que é quem vai controlar os trabalhos no porto catarinense.
Há quem diga que, se Carlos Chiodini (MDB) ou Osmar Teixeira (PSD) tivessem vencido a eleição municipal em Itajaí, o Porto continuaria nas mãos do município. O fato que pode corroborar esse pensamento é que, há um ano, o prefeito Volnei Morastoni (MDB) recebeu a garantia do ex-ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, que a Prefeitura iria continuar no controle do Porto de Itajaí.
O MDB e o PSD têm, cada um, três ministros no Governo Lula e isso poderia ter feito muita diferença caso o candidato deles tivessem sido eleitos em 2024.
Mas a verdade é que o destino do Porto de Itajaí começou a ser reescrito quando, em maio deste ano, o atual ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou a Seara Alimentos, que é uma subsidiária da JBS, como a nova comandante das operações de carga do porto itajaiense.
Essa movimentação foi o primeiro passo para que o Governo Federal assumisse o controle do Porto de Itajaí para, daqui há alguns meses, entregá-lo, através de uma concessão ou uma Parceria Público-Privada, para a JBS dos irmãos Wesley e Joesley Batista.
Isso mostra que essa polarização política que se instalou no Brasil é a verdadeira culpada para que a cidade de Itajaí fosse punida com a federalização do Porto. Essa ação tira das mãos do PL a decisão de um dos equipamentos mais rentáveis em Santa Catarina e passa para a mão do PT a decisão de tudo que pode acontecer no Porto daqui para frente.
O que ainda pode acontecer daqui por diante ninguém sabe, mas o que se sabe é que a eleição de 2026 teve e ainda terá mita influência nessa questão.
Veja o vídeo gravado pelo governador Jorginho Mello (PL):
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