Comissão da Alesc rejeita pedido de Matheus Cadorin para ouvir secretários de Estado

Na sessão de quarta-feira, 18, a Comissão de Economia, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) rejeitou o pedido do deputado estadual Matheus Cadorin (Novo) para convidar o ex-presidente do Centro de Informática e Automação de Santa Catarina (Ciasc), Moisés Diersmann, e o Controlador-Geral do Estado, Pedro Waltrick de Souza Junior, para prestarem esclarecimentos sobre os contratos firmados sem licitação.

O requerimento do deputado foi rejeitado pela Comissão por três votos a um, onde Cadorin considerou a decisão incomum no parlamento catarinense. Para ele é de suma importância ouvi-los para que as dúvidas sejam sanadas e não fique suspeitas sobre as contratações.

Matheus Cadorin destacou que, nesse momento, há a necessidade de maior transparência nos processos que envolvem contratos de tecnologia da informação realizados pelo Ciasc que foram publicadas na imprensa.

Além de citar as parcerias sem licitação feitas pelo Ciasc que, segundo ele, podem ultrapassar R$1,5 bilhão em valores somados, o parlamentar também pontuou que há indícios de favorecimento a empresas com possíveis vínculos próximos ao Governo Estadual.

“Esses processos precisam ser esclarecidos para que possamos garantir o bom uso do dinheiro do pagador de impostos e assegurar a confiança da população nas instituições governamentais. A transparência é essencial para a boa gestão pública, e nós, como parlamentares, temos o dever de fiscalizar”, afirmou Cadorin durante a reunião da Comissão.

Em sua fala, o deputado criticou a falta de disponibilidade dos representantes do governo para comparecer à Alesc, mesmo diante de um convite informal. “Desde meados de novembro, esperamos que o governo envie membros de sua equipe para explicar essas denúncias. Um deputado da base governista chegou a afirmar que não seria necessário convocá-los, pois viriam por conta própria. Isso não aconteceu”, destacou o parlamentar.

Cadorin também demonstrou surpresa e decepção com a movimentação do governo para que o convite não fosse aceito. Segundo ele, o caso já motivou notícia de fato no Ministério Público, posteriormente acatada como denúncia, evidenciando embasamento jurídico para uma investigação aprofundada.

Apesar da rejeição do pedido, o deputado estadual do Novo disse que “mantenho minha disposição para dialogar de forma informal, caso os representantes do Ciasc e da Controladoria Geral desejem vir ao meu gabinete. Seguiremos atentos e cobrando esclarecimentos sobre as irregularidades apontadas”.

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