Depois que o PL e o governador Jorginho Mello anunciaram o apoio ao deputado estadual Júlio Garcia (PSD) para ser o futuro presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, as conversam se voltaram para a distribuição de cargos na futura composição da Mesa Diretora.
Júlio tem um acordo com o atual presidente da Alesc, deputado Mauro de Nadal, para que o MDB fique com a vice-presidência, mas essa decisão causou um racha dentro do partido. Os deputados Fernando Krelling e Volnei Weber querem o cargo e foi feita uma votação dentro da Alesc para ver quem seria o indicado do partido.
O MDB tem 6 deputados na Alesc e a votação estava empatada em 3 a 3. Do lado de Krelling estavam Emerson Stein e Mauro de Nadal e Weber tinha o apoio de Antídio Lunelli e Tiago Zilli. Mas poucas horas depois da reunião, Tiago Zilli mudou de lado e foi apoiar Fernando Krelling, que, com 4 votos s 2, acabou sendo o escolhido pela bancada para compor uma chapa fechada para a disputa dos demais cargos.
Mesmo perdendo a votação interna do MDB, Volnei Weber parece não ter desistido e pode se lançar numa candidatura avulsa. As conversas prosseguem e isso ainda está sendo estudado pelo deputado emedebista.
Para outros dois cargos, o PL de Jorginho Mello deve indicar a deputada Ana Campagnolo como a primeira secretária e o deputado Oscar Gutz como o quarto secretário da mesa. Além deles, os liberais vão indicar o deputado estadual Alex Brasil para uma das vagas na Comissão de Constituição e Justiça.
AS PRETENSÕES DO PSD
Depois da definição do próximo presidente da Assembleia Legislativa, o PSD de Santa Catarina quer ser o maior adversário do governador Jorginho Mello na disputa pelo Governo do Estado em 2026.
O prefeito João Rodrigues é o nome do partido para essa disputa e o atual prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, pode ser peça chave nessa engenharia política.
Além de Chapecó e Criciúma, o PSD continuará administrando São José, com Orvino Coelho de Ávila, e terá também a partir de 2025 as prefeituras de Balneário Camboriú (Juliana Pavan) e Camboriú (Leonel Pavan) além, é claro, de ter Júlio Garcia mandando na Alesc.
O PSD terá também o prefeito Topázio Neto administrando Florianópolis, mas hoje ele está mais perto de Jorginho Mello do que do próprio partido.
Ano que vem Clésio Salvaro quer fazer um programa diário em algumas rádios do Estado para consolidar seu nome como um possível vice de João Rodrigues numa chapa que pretende ter também o apoio do PP e o partido Novo.
Nesse caso, como haverá a disputa de duas vagas para o senado, a coligação colocaria Esperidião Amin (PP) para buscar a reeleição e o prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), como o segundo nome na candidatura ao Senado.
Do ponto de vista geográfico, o PSD colocaria na disputa representantes do Oeste, do Sul, da Grande Florianópolis e do Norte de Santa Catarina, faltando apenas eleger alguém que possa ser o representante do Vale do Itajaí.
O partido tem no Vale o deputado federal Ismael dos Santos e o deputado estadual Napoleão Bernardes e poderia ainda colocar o deputado estadual Mário Motta para coordenar a campanha no Planalto Serrano.
Fato é que hoje João Rodrigues e Jorginho Mello são os nomes mais fortes para a disputa ao Governo do Estado e ambos têm bons cabos eleitorais para auxiliarem suas candidaturas na próxima eleição.
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