Mesmo com a posse de Egídio Ferrari a eleição na Câmara foi o assunto principal em Blumenau

O delegado e ex-deputado estadual Egídio Ferrari (PL) é oficialmente o novo prefeito de Blumenau. Ao lado da vice-prefeita Maria Regina de Souza Soar (PSDB), ele tomou posse no fim da tarde de quarta-feira, 1º, numa cerimônia que aconteceu no Teatro Carlos Gomes.

No discurso de posse, o novo prefeito ressaltou que seu histórico pessoal e agradeceu a confiança dos blumenauenses. “A partir deste dia 1º de janeiro, serei o prefeito de toda Blumenau… Nosso lema de campanha foi proteger e servir. Vamos proteger as pessoas da violência, mas também do desamparo social. Vamos proteger seus empregos e os valores das suas famílias. E iremos, nos 1.461 dias do nosso mandato, servir à população. Colocando a prefeitura a serviço do cidadão, e não o contrário”, declarou.

No evento, também aconteceu a posse dos 15 vereadores que vão legislar nos próximos quatro anos. Como primeiro ato, eles escolheram a nova Mesa Diretora que vai comandar a casa em 2025 e 2026.

Apesar do amplo favoritismo da chapa que tinha Ito de Souza (PL) como presidente, Diego Nasato (Novo) de vice, Cristiane Loureiro (Podemos) como 1ª secretária e Egídio Beckhauser (Republicanos) como 2º secretário, os vereadores Almir Vieira (PP), ex-presidente da Câmara, e Jean Volpato (PT) também anunciaram suas candidaturas avulsas para o cargo de presidente.

O petista Adriano Pereira também colocou sua candidatura avulsa a vice-presidente, numa estratégia do PT de mostrar que, desde já, são oposição ao novo governo. No seu discurso, Volpato chegou a dizer que respeita a história do vereador Ito, mas que sua candidatura representa uma posição política. “Uma posição de independência, uma oposição de altivez frente ao diálogo ao executivo, de quem não acredita numa Câmara submissa, de quem acredita numa Câmara que tenha a condição de pautar as principais iniciativas”, disse o vereador.

Sobre Almir Vieira, já era sabido que a maioria dos vereadores da base de Egídio Ferrari não o queria como novamente presidente da Câmara e isso o fez colocar seu nome na disputa para mostrar que, mesmo na base, será um parlamentar que deve negociar sozinho seu espaço com o executivo.

O presidente Ito de Souza confirmou que, desde o fim das eleições municipais de 2024, vem conversando para formar uma única chapa para a disputa, mas apenas 9 dos 15 vereadores se manifestaram favoráveis a ideia.

Já Almir Vieira, na sua fala, disse que colocou a sua candidatura não por preciosismo e nem para afrontar Ito de Souza, mas sim porque antes das eleições Almir afirmou que tinha um acordo com alguns vereadores para que ele fosse o candidato da situação.

“Agora o que não dá para admitir, seu presidente, é a falta de caráter e a falta de palavra. E cito já como exemplo vossa excelência (se referindo a Bruno Cunha), que apertou minha mão e disse você é meu candidato e da noite pro dia mudou”, falou Almir Vieira.

Ele continuou dizendo que “não sei o que levou vossa excelência a tomar essa decisão, e também não cabe a mim entender. Não só vossa excelência quanto outros e também não fico nenhum pouco preocupado com isso… agora vale a pena entender quando há uma mudança de palavra, quando há uma mudança de decisão o que está acontecendo por trás. Deixar o desejo pessoal ser maior que o desejo político é ofender a população”.

Depois dos discursos, aconteceu a votação, onde a chapa de Ito de Souza venceu com os votos de Ito, de Diego Nasato, Cristiane Loureiro, Egídio Beckhauser, Bruno Cunha, Silmara Miguel, Gilson de Souza, Bruno Win, Flavinho, Jovino Cardoso Neto e Alexandre Matias.

Já Jean Volpato teve os votos dele e do vereador Adriano Pereira. Almir Vieira só teve o voto dele e do vereador Marcelo Lanzarin. Como candidato a vice, Adriano Pereira teve o voto dele, de Jean Volpato, de Almir Vieira e de Marcelo Lanzarin.

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