Caroline de Toni quer retratação do Ministério Público do Trabalho por vídeo contra o Sul

A deputada federal catarinense Caroline de Toni (PL) recebeu um vídeo de uma pessoa que estava no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, que mostra um telão com um vídeo do Ministério Público do Trabalho que usou o Sul do Brasil como exemplo de trabalho forçado.

É uma história onde um trabalhador fictício recebe um convite para trabalhar numa lavoura do Sul e, chegando lá, ele é obrigado a pagar tudo que consome e acaba, segundo o MPT, sendo escravizado por dívidas.

A deputada quer saber por que o vídeo, que tem o apoio de vários órgãos do Governo Federal, usou o Sul do Brasil numa propaganda negativa, já que o Sul é a região é a que mais tem empregos formais do país e é onde as taxas de desemprego são as menores do Brasil.

Caroline de Toni diz que, segundo dados do próprio Governo Federal, os quatro principais Estados do país que tem os piores índices de escravidão no trabalho são das regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil.

Os cinco estados com maior número de casos de trabalho escravo de 1995 a 2023 são Pará (21%), Minas Gerais (14%), Maranhão (7%), Mato Grosso (7%) e Goiás (7%). Essa grave violação ocorre principalmente na atividade de pecuária no Pará, Maranhão e Mato Grosso, na construção civil em Minas Gerais e nas lavouras de cana-de-açúcar em Goiás. Os municípios com maiores registros de casos são São Félix do Xingu/PA, São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Açailândia /MA e Marabá/PA.

Na sua rede social, Caroline de Toni escreveu que “embora o tema seja importante, o material comete um grave erro ao estigmatizar uma região inteira: o Sul”.

Para ela “uma região que é motivo de orgulho para o Brasil, com sua economia pujante, povo trabalhador e acolhedor, não pode ser colocada em um balaio de generalizações preconceituosas. Em vez de reforçar esses preconceitos, campanhas como essa deveriam valorizar boas práticas reais ou utilizar exemplos fictícios”.

A deputada federal de Santa Catarina informa que já oficiou o Procurador Geral do Trabalho para que se corrija essa situação e assegure que o Sul não seja usado como exemplo negativo.

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