A inércia e as disputas da esquerda catarinense diminuem a chance de vitória em SC

Desde 2016, quando aconteceu o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PL), os partidos de esquerda foram perdendo cada vez mais espaço entre os eleitores de Santa Catarina.

O melhor momento da esquerda no Estado foi quando o presidente Lula assumiu pela primeira vez a presidência da República, em 2003. Chegou a administrar as cidades de Blumenau, Criciúma, Brusque e Joinville, mas não teve fôlego para manter o crescimento eleitoral.

Com a vitória de Jair Bolsonaro (PL), em 2018, a esquerda teve que se reinventar, mas as diferenças de PT e Psol acabaram dividindo a esquerda e isso tem atrapalhado as candidaturas municipais e também as estaduais.

Em 2022, a esquerda teve um sopro de ressurgimento quando Décio Lima (PT) conseguiu ir para o segundo turno com o atual governador do Estado, Jorginho Mello (PL).

Santa Catarina é visto como um Estado prioritariamente de direita e essa vertente tem dificultado ainda mais as chances dos partidos de esquerda nas últimas eleições. 

Agora, em 2025, a esquerda novamente começa a se organizar para tentar de alguma forma ter um desempenho melhor que o de 2024, quando o PT elegeu apenas 7 prefeitos.

O problema é que o PT, que é o maior partido de esquerda no país, tem enfrentado algumas divergências de opiniões sobre seu candidato a governador de Santa Catarina.

Décio Lima, que é o presidente nacional do Sebrae e presidente estadual do PT em Santa Catarina, quer novamente ser indicado para a disputa para tentar desbancar o governador Jorginho Mello.

Já o deputado federal Pedro Uczai e a deputada estadual Luciane Carminatti entendem que o Partido dos Trabalhadores precisa de renovação e querem ter outro nome como candidato.

Sem contar que o Psol não tem nenhuma convicção que apoiará os petistas, pois ainda há uma ferida aberta que surgiu na eleição de Florianópolis quando o deputado estadual Marquito (Psol) era o nome mais forte para disputar a Prefeitura contra o prefeito reeleito Topázio Neto (PSD).

Só que naquela eleição, o PT não abriu mão da sua candidatura e lançou também o ex-vereador Vanderlei “Lela” Farias na disputa, praticamente decretando a derrota da oposição na cidade.

Então, se a esquerda não tiver a humildade de entender que é necessário dar um passo atrás para que todos partidos tenham voz e vez, vão novamente amargar uma vitória acachapante dos partidos da direita, que hoje tem em Jorginho Mello (PL) e João Rodrigues (PSD) como os grandes representantes do bolsonarismo.

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