Hoje na política de Santa Catarina o MDB é o partido mais cortejado pelos dois principais candidatos ao Governo do Estado de 2026.
O governador Jorginho Mello (PL) se ensaiou em dar para os emedebistas duas Secretarias de Estado e mais a presidência da Assembleia Legislativa. Antídio Lunelli já tinha aceitado a Secretaria de Agricultura e Carlos Chiodini já se via na Casa Civil para fazer o meio campo com o Governo Lula.
Só que Jorginho deu para trás e o MDB recuou. A votação que definiu que o MDB só iria voltar a esse assunto em fevereiro teve Fernando Krelling, Emerson Stein, Jerry Comper e Volnei Weber querendo a parceria com Jorginho Mello.
Já Valdir Cobalchini, Rafael Pezenti, Mauro de Nadal e Tiago Zilli querem continuar fora do Governo do Estado. O voto de minerva foi de Carlos Chiodini, que achou melhor adiar a decisão para fevereiro, quando Antídio Lunelli e a senadora Ivete Appel da Silveira também votarão.
Com esses dois novos votos, é bem provável que o MDB vá apoiar Jorginho Mello, mas muitos emedebistas da base, como vereadores, prefeitos, vice-prefeitos e presidentes de diretórios não pretendem defender o atual Governo de Santa Catarina.
Muitos, inclusive, já manifestaram preferir apoiar o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), em 2026. O deputado estadual Tiago Zilli foi um dos emedebistas que prestigiou o almoço do PSD que aconteceu em Itapema no último sábado, 25.
Esse é um impasse que o presidente estadual do partido, deputado Carlos Chiodini, terá que analisar muito bem, pois o MDB entrou em parafuso em 2022 justamente porque a cúpula decidiu ficar com o ex-governador Carlos Moisés (Republicanos) e a base preferia ter Antídio Lunelli como candidato a governador.
Jorginho não nutre uma boa imagem com alguns prefeitos do MDB justamente por ter cortado o Pix de Moisés e isso impediu que muitos deles terminassem obras importantes até a eleição municipal de 2024.
Como a eleição de 2026 já começou, os 70 prefeitos eleitos pelo MDB no último pleito também vão querer opinar e se a decisão acabar apenas numa sala do diretório estadual, mais uma vez o MDB pode ir rachado para a disputa e isso traria consequências irreversíveis para o maior partido do Estado.
Muitos diretórios municipais definharam justamente porque agiram dessa forma ao longo dos anos, como aconteceu em Florianópolis e Blumenau, e a atual executiva tem que tomar muito cuidado para que, numa decisão errada, o MDB não perca mais espaço como já se viu em 2024.
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