Mal acabou a eleição municipal de 2024, toda a classe política, principalmente aqueles que tem poder de decisão, se voltam para a estruturação dos partidos para a eleição de 2026.
Obviamente que as conversar começam nas executivas nacionais para depois tudo ser passado para as executivas estaduais e municipais.
Diante disso, as pesquisas são importantes para balizar as decisões e vê-se que tanto a direita quanto a esquerda têm problemas para serem resolvidos para a disputa presidencial do ano que vem.
Lula vem perdendo popularidade e o nível de confiança do seu governo vem caindo. O episódio do Pix gerou um grande desconforto no Governo Federal a ponto de Lula trocar o responsável pela comunicação.
Já Jair Bolsonaro tem tido bons índices de aprovação, mas neste momento ele está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que entendeu que o ex-presidente cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao fazer uma reunião com embaixadores em julho de 2022 e atacar, sem provas, o sistema eleitoral.
Então, a incógnita que fica é se Bolsonaro realmente vai conseguir transferir essa popularidade, e os votos, para um candidato indicado por ele.
Lula tentou isso com Fernando Haddad (PT) em 2018 e não deu certo. Talvez a principal diferença no caso de Bolsonaro é que a sua esposa, Michelle Bolsonaro (PL), não tem a rejeição que Fernando Haddad tinha naquela época.
TRABALHO DE LULA
O Instituto Quaest divulgou nessa segunda-feira, 27, mais uma pesquisa de análise do Governo Lula (PT). A pesquisa de desempenho do presidente teve os piores números desde janeiro de 2023. Segundo a Pesquisa, o atual índice de aprovação é de 47%, sendo que na pesquisa anterior foi de 52%.
Já a desaprovação atingiu o número de 49%. Em dezembro de 2024 esse índice era de 47%. Nesse quesito, o pior número foi mostrado em maio de 2024, quando o trabalho do presidente chegou a 50% de desaprovação.
Sobre o cumprimento das promessas da campanha de 2022, 65% entendem que Lula não tem cumprido o que prometeu. Já 30% acreditam que o presidente tem conseguido fazer aquilo que prometido na última eleição presidencial e 5% não sabem ou não responderam.
Quando perguntados sobre o rumo do Governo Lula, 39% dizem que o governo está na direção certa, 50% dizem que está na direção errada e 11% não sabem ou não responderam.
Segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes, o que explica a reprovação histórica do Governo Lula é a percepção dos eleitores sobre a condução da economia no país e as promessas de campanha do presidente. “Primeiro, Lula não consegue cumprir suas promessas. Esse percentual sempre foi alto, mas chegou ao seu maior patamar em janeiro de 25, que é de 65%. Ou seja, mais do que gerar esperança, o atual governo produz frustração na população”, afirmou Nunes.
O levantamento da Quaest foi encomendado pela Genial Investimentos e realizado entre os dias 23 e 26 de janeiro de 2025. Foram entrevistados 4,5 mil eleitores em todo o Brasil e a margem de erro é de 1 ponto percentual para mais ou para menos. O nível de confiabilidade é de 95%.
DISPUTA LULA x BOLSONARO
No último dia 13 a Paraná Pesquisas também divulgou os números de uma pesquisa numa eventual disputa eleitoral entre Lula da Silva e Jair Bolsonaro em 2026.
Sem a presença do nome de Pablo Marçal (PRTB), Jair Bolsonaro (PL) aparece com 37,3%; Lula (PT) com 34,4%; Ciro Gomes (PDT) com 11,7%; Ronaldo Caiado (UB) com 5,4%; e Helder Barbalho (MDB) teria 1,4%. Nenhum/branco/nulo ficou com 6,2% e não sabe/não opinou teve 3,6%.
No cenário onde o nome de Marçal é incluído, a pesquisa mostrou que Lula (PT) passa a frente com 34,0%; Jair Bolsonaro (PL) vem em segundo com 33,9%; Ciro Gomes (PDT) ficou com 11,3%; Pablo Marçal (PRTB) teria 6,1%; Ronaldo Caiado (UB) aparece com 4,7%; e Helder Barbalho (MDB) ficou com 1,2%. Nenhum/branco/nulo obteve 5,6% e não sabe/não opinou ficou com 3,3%.
No cenário onde Jair Bolsonaro dá o lugar para Michelle Bolsonaro, a pesquisa mostra Lula (PT) em primeiro com 34,5%; Michelle Bolsonaro (PL) com 20,7%; Ciro Gomes (PDT) com 12,9%; Pablo Marçal (PRTB) com 11,5%; Ronaldo Caiado (UB) com 6,6% e Helder Barbalho (MDB) com 1,6%. Nenhum/branco/nulo ficou com 8,4% e não sabe/não opinou teve 3,8%.
Num quarto cenário, onde Jair Bolsonaro dá o lugar para o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e sem a presença de Pablo Marçal (PRTB), Lula continua em primeiro 35,2%, seguido de Tarcísio de Freitas (Republicanos) com 25,3%; Ciro Gomes (PDT) com 15,2%; Ronaldo Caiado (UB) com 7,4% e Helder Barbalho (MDB) aparece com 1,8%. Nenhum/branco/nulo ficou com 10,9% e não sabe/não opinou ficou com 4,3%.
O levantamento do instituto Paraná Pesquisas ouviu 2.018 pessoas entre os dias 7 e 10 de janeiro com uma margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos e um nível de confiança de 95%.
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