A disputa pela Prefeitura de Criciúma foi a mais acirrada de Santa Catarina nas eleições municipais de 2024.
O grande embate naquela cidade não foi entre os candidatos Ricardo Guidi (PL) e Vagner Espíndola (PSD), que acabou vendendo a disputa, mas sim entre o ex-prefeito Clásio Salvaro (PSD) e o governador Jorginho Mello (PL).
No dia 3 de setembro do ano passado Clésio foi preso por conta da Operação Caronte e acusou Jorginho por uma suposta influência política junto a desembargadora Cinthia Bittencourt Schaefer, do TJSC. No dia 26 do mesmo mês ele acabou solto e isso praticamente definiu a eleição na maior cidade do sul de Santa Catarina.
Na manhã desta quinta-feira, 13, o governador Jorginho Mello falou, direto de Brasília, com o jornalista Adelor Lessa, da Rádio Som Maior (Criciúma), e disse que manterá com o prefeito Vagner Espíndola um relacionamento de parceria e respeito.
Jorginho aproveitou a entrevista para dar uma cutucada no prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD): “A gente nunca pode colocar candidaturas antes da hora porque o povo quer saber de resultado e não de eleição… imagine se nem começou o processo, falta dois anos, você começa a debater”, disse Jorginho Mello.
Sobre o MDB, o governador disse que o partido já faz parte do governo através da Secretaria de Infraestrutura e que os emedebistas serão sim agraciados com as Secretarias de Agricultura e do Meio ambiente e Economia Verde. “Enfim, tá tudo sob controle, tá tudo certo, não tem problema nenhum. O MDB até semana que vem, até o final do mês aí define tudo a vinda para o Governo para que a gente construa um projeto novo”.
Ele confidenciou que o deputado federal Carlos Chiodini ficará com a Agricultura e o deputado estadual Emerson Stein será o secretário do Meio Ambiente.
Especificamente sobre Criciúma, Jorginho disse irá para a cidade nos próximos dias com o “Programa Santa Catarina Levada a Sério + Perto de Você” e que vai visitar o prefeito Vaguinho na Prefeitura como qualquer outro em Santa Catarina.
Jorginho Mello estava em Brasília para conversar com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Esse foi o primeiro encontro depois de Jorginho dizer na entrevista dada para a rádio Jovem Pan São Paulo que Bolsonaro e Valdemar Costa Neto se falavam todos os dias.
Sobre a inelegibilidade de Bolsonaro, Jorginho Mello disse que “o candidato do PT tava na cadeia e acabou sendo presidente da República. Então o presidente Bolsonaro não tá na cadeia, não furtou nada de ninguém, não roubou nada de ninguém. Então a gente tem uma grande esperança, uma grande expectativa que a justiça se faça e seja devolvido a ele a condição de ser candidato”.
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