Segundo o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), até o último dia 9 de fevereiro o brasileiro já tinha pagado o valor de R$ 500 bilhões em impostos no ano de 2025. Até o mesmo dia de 2024, o brasileiro tinha enviado para Brasília o valor de R$ 461,6 bilhões. Essa diferença representou um aumento de 8,3% em relação ao mesmo período de ano passado e reflete o impacto direto da inflação e do aumento da carga tributária.
Para o deputado estadual Matheus Cadorin (Novo), esse número evidencia um grande problema do país que é a falta de controle dos gastos públicos e a dependência do governo em aumentar impostos para fechar as contas.
“O governo segue gastando sem limites e a conta sobra sempre para quem paga impostos. Em vez de cortar despesas desnecessárias, Brasília resolve o problema de um jeito simples: mete a mão no bolso do brasileiro”, criticou Cadorin.
Esse aumento dos impostos vem justamente num cenário onde a população sente o peso dos preços altos no supermercado, no combustível e nas contas básicas. O deputado defende que, em vez de aumentar tributos, o governo deveria focar na redução da máquina pública e na eficiência do uso dos recursos arrecadados.
“O governo já tomou meio trilhão de reais da população só neste começo de ano. O cidadão aperta o cinto, mas Brasília continua no luxo, gastando bilhões com mordomias. Isso precisa mudar”, destacou o parlamentar.
Ele defende a necessidade de uma divisão de recursos mais justo, onde estados como Santa Catarina possam reter mais recursos e reduzir a dependência do governo federal. Ele também incentiva os catarinenses a cobrarem mais transparência e responsabilidade na gestão do dinheiro público.
UM MODELO ATRASADO
Segundo Ulisses Ruiz de Gamboa, economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP, a arrecadação cresceu devido a fatores como o aquecimento da economia, a alta da inflação e o aumento de tributos.
“A inflação desempenhou um papel relevante, uma vez que o sistema tributário brasileiro é baseado majoritariamente em impostos sobre o consumo, que incidem diretamente sobre os preços dos bens e serviços”, explicou.
Outros fatores que impulsionaram a tributação incluem a elevação das alíquotas do ICMS, o aumento dos combustíveis, a tributação de incentivos fiscais dos estados e medidas do governo federal, como a tributação offshore e a retomada do voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
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