Depois de muitos anos o executivo municipal de Blumenau terá três grupos para lidar quando enviar projetos importantes para a Câmara Municipal de Blumenau.
Até o governo do ex-prefeito Mário Hildebrandt (PL), a Câmara se dividia entre 4 vereadores de oposição e todos os demais apoiavam a administração. Até o petista Adriano Pereira votou favorável a alguns projetos polêmicos que foram enviados pelo ex-prefeito.
Mas desde que venceu a eleição de 2024, o prefeito Egídio Ferrari (PL) não quis se envolver na escolha da nova Mesa Diretora do Legislativo. O vereador Almir Vieira (PP) queria continuar na presidência da Casa, mas Aílton de Souza (PL) e Egídio Beckhauser (Republicanos) conseguiram juntar os vereadores que não queriam mais Almir no comando da Câmara e elegeram Ito o novo presidente.
A reclamação chegou no prefeito Egídio, mas ele preferiu corroborar a escolha do grupo da maioria e não deu ouvido para o grupo de Almir.
Com isso, Almir Vieira, Marcelo Lanzarin (PP), Alexandre Matias (PSDB) e Jovino Cardoso Neto (PL) decidiram criar um grupo paralelo de situação que já se mostra independente do executivo.
O terceiro grupo é o da oposição declarada, que hoje é composto apenas pelos vereadores do PT, Adriano Pereira e Jean Volpato.
Muito destas manifestações surgiram também porque o prefeito Egídio Ferrari não usou da ferramenta usada por Mário Hildebrandt, que era de distribuir cargos comissionados na Prefeitura de Blumenau para o legislativo em troca de apoio.
NOVA POLÍTICA
Egídio já demonstrou que não quer carregar a imagem da administração do ex-prefeito e que não vai ceder as pressões. Segundo ele, tem um déficit de R$ 372 milhões que precisa ser resolvido e não vai gastar dinheiro público sem responsabilidade.
O atual prefeito colocou um Policial Civil da sua confiança na presidência do Samae justamente para estancar a sangria financeira que imperava por lá há anos e deve fazer isso também em outras pastas do seu governo, como nas Secretarias de Educação e Saúde.
Egídio ainda não escolheu o seu líder de governo na Câmara Municipal e pretende fazer isso mais para frente, pois entende que todos os vereadores podem contribuir para a melhoria da administração.
Mas ele realmente não fez isso porque, primeiro nenhum membro da Mesa pose por lei assumir essa função, e o nome preferido dele era o de Egídio Beckhauser. Segundo é que ele ainda não quer bater de frente com o grupo independente colocando o vereador Bruno Cunha (Cidadania) nessa função e, mais uma vez, preterindo os outros quatro.
Então Ferrari trata os problemas do legislativo como secundário, pois como tem muito problema na cidade para resolver, vai preferir dar atenção na ação emergencial para depois resolver as birras políticas da sua coligação.
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