A polarização é a ferramenta da direita e da esquerda pra se manterem vivos

O PL e o PT precisam mais do que nunca da polarização para evitar que uma terceira força surja no cenário político nacional. É clara a estratégia de Lula e de Bolsonaro alimentando um suposto ódio para marcarem território e para alimentar a militância.

Esse jogo de cena também vem sendo potencializado por parlamentares e dirigentes do PL e do PT, o que garante nos Estados a força política dos dois lados. Hoje, a esquerda e a direita, juntas, tem a maioria dos votos no Brasil, mas um terço do eleitorado tem se mostrado descontente com ambos, só que preferem não votar em ninguém ou sequer irem para a votação.

Isso também garante a hegemonia das duas figuras políticas que hoje pautam a política brasileira e acabam não dando brecha para a terceira via.

Só quem pode mudar esse cenário é alguém de fora da política que já tenha uma imagem conhecida e que venha com um discurso que não só atraia os votos brancos, nulos e as abstenções, mas que também tire voto dessa polarização.

Hoje essa figura ainda não existe, mas faltando pouco mais de 19 meses para o dia da votação, tudo pode acontecer, até porque o Centrão talvez não queira mais ficar nas mãos de Lula e de Bolsonaro e queira mesmo ter a sua própria liderança.

Hoje parece muito difícil isso acontecer, mas nunca duvide do que pode acontecer na política e em Brasília. Lá é um pedaço do Brasil onde tudo pode acontecer e se as lideranças decidirem que a polarização não está mais sendo lucrativa, ela acaba.

Na última quinta-feira, 27, em São Paulo, o presidente Lula (PT) disse “eu vou, possivelmente na semana que vem, a um estado que tem um governador que mais fala mal de mim. E eu vou também no Porto de Itajaí fazer aquilo que tem que ser feito. Porque ele ficou parado quase dois anos e nós vamos colocar aquele porto, que é o segundo porto de contêiner do Brasil, para funcionar”.

No mesmo discurso, Lula alfinetou Jorginho Mello (PL) dizendo que “eu não estou preocupado com o governador, que você sabe quem é, eu estou preocupado é com o Brasil, com Santa Catarina e de levar a possibilidade de as pessoas poderem trabalhar”.

Mas na sexta-feira, 28, em Criciúma, Jorginho respondeu dizendo que “é bobagem dele né, ele não tem o que fazer. Eu não perco tempo falando mal de ninguém. Eu quando tenho posição eu assumo”.

Disse também que “ele disse que eu falo muito mal dele. É porque ele nunca fez nada por Santa Catarina. O dia que ele fizer, eu vou na inauguração, eu vou tá junto. Ele não inaugurou absolutamente nada aqui. Então eu vou tá batendo palma pra ele para quê? Santa Catarina já aprendeu a se virar sozinho”.  

No seu Instagram, o governador chegou a publicar um vídeo produzido pela sua assessoria dizendo também que “eu não falo mal de você Lula, eu falo a verdade… o Governo Federal não se mexe”.

Será que até o possível encontro em Itajaí na semana que vem haverá mais diálogos como esse do presidente da República e do governador de Santa Catarina?

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