No dia 28 de fevereiro o empresário e publicitário Edson da Silva, que é conhecido como Halley, entrou com uma ação popular (AP 5006173-14.2025.8.24.0008/SC), com o apoio do advogado Dionei Gilberto Tillmann, contra a Câmara de Vereadores de Blumenau na 3ª Vara da Fazenda Pública e Juizado Especial da Fazenda Pública de Blumenau.
Edson pediu que a Justiça determine a suspensão do Projeto de Resolução 635/2025 que cria 7 novos cargos comissionados no legislativo blumenauense que, de acordo com o processo, aumentam em mais de R$ 1 milhão os gastos anuais da Câmara de Blumenau.
De acordo com a proposta dos vereadores, serão criados os cargos de Coordenador de Segurança, Coordenador da Procuradoria Especial da Mulher, Assessor de Serviços de Assistência ao Servidor, Coordenador de Participação Popular e três cargos de Assessor da Mesa Diretora. Em contrapartida, seria extinto o cargo de Coordenador de Estudo e Apoio Social.
Segundo o Portal da Transparência, a Câmara de Vereadores de Blumenau tem hoje 241 servidores, onde 171 são concursados e comissionados, 61 estagiários, 3 pensionistas e 6 aposentados. O legislativo municipal gasta mensalmente, só com salários, o valor de R$ 1.726.278,66.
Já na tarde de quarta-feira, 5, o juiz Bernardo Augusto Ern solicitou que, num prazo improrrogável de 20 dias, o que dá até o próximo dia 25 deste mês, a Câmara Municipal responda à ação proferida pelo empresário Edson da Silva.
Caso o legislativo não responda no prazo estipulado pelo juiz, a Justiça entenderá como verdadeiras as alegações descritas no processo protocolado pelo advogado Dionei Tillmann.
Edson Halley tem se notabilizado em Blumenau pela cobrança constante que faz aos vereadores e ao ex-prefeito Mário Hildebrandt (PL). Ele entende que a população precisa cobrar o poder público por melhores serviços e pelo bom uso do dinheiro público que é arrecadado através dos impostos.
ENTIDADES TAMBÉM SE MANIFESTARAM
Também na sexta-feira passada o Conselho de Entidades de Blumenau, onde fazem parte a ACIB, AMPE, CDL, Intersindical, OAB e SOMAR Vale Europeu, se manifestou contrário à aprovação do projeto, que já teve a aprovação da Comissão de Constituição e Justiça.
As entidades acreditam ainda que a quantidade de servidores na Câmara de Blumenau já é suficiente e que não justificaria a criação das novas funções. Além disso, entendem que serviços de automação podem ser úteis para diminuir o inchaço da máquina pública. O Conselho considera a proposta “inapropriada e prejudicial ao interesse público”.
Na tarde desta quinta-feira, 6, a Câmara de Blumenau fará a primeira sessão da semana e veremos se algum parlamentar se colocará contrário ou favorável a criação desses novos cargos.
VEJA O VÍDEO PUBLICADO POR EDSON DA SILVA:
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