Na enchente de outubro de 2023 que aconteceu no Alto a Baixo Vale do Itajaí teve, uma pessoa foi muito importante para que a Barragem de José Boiteux voltasse a funcionar e livrasse várias cidades de uma enchente pior do que aconteceu naquele ano.
O ex-vereador de Blumenau e empresário Carlos Wagner “Alemão” (UB), dias antes do pico das chuvas daquele ano, juntou um grupo de empresários da região e financiaram o conserto da bomba que fechava as comportas da barragem. Com o apoio das forças policiais, o governador conseguiu que Carlos Wagner entrasse em José Boiteux para fazer com que a barragem voltasse a operar naquele momento.
Jorginho Mello prometeu aos que o Governo do Estado ia cumprir o que já tinha sido determinado pelo Ministério Público Federal sobre as reivindicações de mais de dez anos atrás, que eram obras de infraestrutura no lugar onde residem hoje e também investimentos na área da saúde para os índios.
Nesta semana líderes indígenas foram até a Barragem de José Boiteux e fizeram mais um protesto por conta do não cumprimento do acordo. Eles demoliram a casa de máquinas que faz parte do complexo da barragem.
REIVINDICAÇÃO DOS ÍNDIOS
De acordo com o cacique Brasílio Priprá “o estado tem uma dívida com o povo indígena sobre a barragem, determinada pelo Supremo Tribunal Federal, e não cumpriu isso ainda. Estamos aí para negociar, para conversar, para ver o que dá para fazer para melhorar o atendimento desse povo indígena”.
Muitas lideranças do Alto Vale, como o ex-prefeito de Rio do Sul, José Thomé (PSD), cobraram o governador para que se resolva essa situação p mais rápido possível. O ex-vereador Carlos Wagner também se manifestou para, novamente, alertar o Governo do Estado sobre a condição da barragem.
NOVO CHEFE DA DEFESA CIVIL
O motivo maior é porque agora o atual comandante da Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil é justamente o ex-prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (PL), que já naquele ano ignorou os alertas de Alemão não exigindo do governador uma ação para que todos os equipamentos contra a enchente fossem reavaliados e colocados para uso.
Entre outras coisas, Carlos Wagner Alemão disse no seu vídeo que “o que eles fizeram agora foi só derrubar o que nós precisaríamos derrubar, porque aquilo ali já estava tudo inutilizado. O que importa é dali pra baixo e que está lacrado”.
Disse também que “nós temos dois cilindros gigantes que precisam de manutenção. Um tá funcionando e o outro tá travado, precisa trocar o emo. Mas porque que isso não sai?”.
Alemão diz que há mais de seis meses esteve numa reunião com o juiz federal Leandro Paulo Cypriani onde ele deu a autorização para que o Governo do Estado fizesse uma escola, uma ponte, a macadamização da estrada, um campo de futebol, a construção da igreja e da Casa Comunitária.
Alemão informou que se descobriu nos dois processos que há uma verba de quase R$ 4 milhões, que estava depositado em juízo, que pode ser usada nessas reivindicações dos indígenas.
“Isso é um imbróglio que quem tem que resolver é o Estado. Começa alguma coisa lá dessas obras, que tá no acerto há mais de 20 anos, que tem dinheiro em caixa, mais de três milhões e seiscentos, que nós resolvemos o problema”, finalizou Carlos Wagner.
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