O processo de cassação do senador Jorge Seif se transformou numa novela que começou logo depois da eleição nacional, no início de 2023, e se arrasta até hoje sem uma decisão definitiva.
Mas parece que agora as coisas começam a andar e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) promete agendar a continuação desse julgamento, que iniciou em abril de 2024 e foi parado por um pedido de vistas do Relator, para possivelmente o mês de maio.
A sessão será presidida pela ministra Carmen Lúcia e terá no plenário os ministros Cássio Nunes Marques, André Luiz Mendonça, Maria Isabel Rodrigues, Antônio Carlos Ferreira, Floriano Marques Neto (Relator) e André Ramos Tavares.
Ministério Público Federal (MPF) já tinha pedido que o TSE cassasse o senador catarinense e que fosse feita uma nova eleição. Mas a coligação “Bora Trabalhar”, do candidato ao Senado Raimundo Colombo (PSD), entende que é Colombo é quem deve ficar com a vaga caso Seif seja cassado.
Na primeira instância, em Santa Catarina, o Tribunal Regional Eleitoral entendeu, por 7 votos a 0, que Seif não deveria ser cassado e a coligação de Colombo recorreu a instancia superior.
O fato a ser julgado é o abuso de poder econômico, onde supostamente o candidato do PL de Santa Catarina teria usado as aeronaves de um empresário da construção civil na campanha e teria também se favorecido da estrutura e de funcionários das Lojas Havan, de Luciano Hang, na eleição de 2022.
Naquela eleição, Jorge Seif (PL) acabou eleito com 1.484.110 votos e o ex-governador Raimundo Colombo (PSD) ficou na segunda colocação, recebendo 608.213 votos.
A coligação de Colombo entende que essa diferença se deu justamente por conta destes favorecimentos, pois Seif teve mais agilidade e recursos, o que teria desequilibrado a disputa.
Adicionar comentário