A polêmica da semana na política de Santa Catarina foi o desentendimento entre os deputados estaduais Ivan Naata (PL) e Paulinha (Podemos). O motivo foi que, segundo Naatz, Paulinha assumiu a coordenação da bancada do Vale do Itajaí sem a anuência de todos os deputados que integram o grupo.
Na sessão de terça-feira, 1º, a deputada Ana Campagnolo (PL) saiu em defesa de Ivan Naatz, dizendo que Paulinha se comparou as mulheres vítimas de violência real porque foi contrariada em uma bancada. “Se vitimizou aqui na tribuna”, disse Campagnolo.
Mas o deputado estadual Oscar Gutz (PL) enviou uma nota dizendo que a escolha de Paulinha para a coordenação da Bancada do Vale do Itajaí “carece de um dado essencial para compreender corretamente a situação”.
Segundo ele, participaram da reunião da bancada para definir a coordenação o próprio Gutz, os deputados Marcos da Rosa (UB), Junior Cardozo (PRD), Paulinha (Podemos), Emerson Stein MDB), Ivan Naatz (PL) e Carlos Humberto (PL). Os dois últimos saíram antes do fim da reunião e o deputado Napoleão Bernardes (PSD) e Ana Campagnolo (PL) justificaram a ausência.
Na nota ele diz que ficou acordado na reunião que os Gutz e Paulinha assumiriam a coordenação nessa primeira fase, onde cada um coordenaria a bancada por cinco meses, e depois outros dois parlamentares seriam escolhidos para revezar e cumprir o mandato.
Como o deputado Oscar iria se licenciar no mês de abril para oportunizar que o suplente Jeferson Cardoso assumisse o mandato de deputado por 30 dias, ele concordou que Paulinha ficasse com a coordenação no segundo semestre.
“Não houve golpe, nem manobra. Houve um ajuste legítimo e transparente, feito com o conhecimento e consentimento de todos os parlamentares presentes na reunião”, diz a nota de Oscar Gutz.
O deputado Ivan Naatz também encaminhou uma outra nota colocando a sua posição no fato acontecido principalmente no plenário da Alesc nesta semana.
LEIA A NOTA DO DEPUTADO ESTADUAL IVAN NAATZ (PL):
Sobre veiculações que tem ocorrido envolvendo meu nome em relação a suposta denúncia de violência política de gênero contra a deputada estadual Paulinha, e conforme ela própria tem divulgado, vale reiterar o que já deixamos claro em discurso na sessão da Alesc, na última quarta-feira (26-03), quando o tema foi trazido ao plenário.
Ou seja, é lamentável que questões internas, os chamados assuntos “interna corporis”, ocorridos no âmbito da Bancada do Vale do Itajaí, com relação à sua coordenação, sejam trazidas para debate público em plenário, que não é o foro adequado para essas discussões. Postura essa que também foi criticada na sessão desta terça-feira (01-04) pela deputada Ana Campagnolo (PL), que saiu em nossa defesa, alertando para o equívoco da estratégia de vitimização adotada pela deputada Paulinha, simplesmente pelo fato de ser mulher.
Os debates têm seus foros próprios e o plenário não é o local para resolver essa questão, mas sim o colegiado da Bancada do Vale do Itajaí com todos os seus parlamentares integrantes. É preciso deixar claro que a divergência com a deputada Paulinha não é porque ela é mulher ou por uma questão de gênero, mas porque ela não foi eleita de maneira legítima para a coordenação da bancada do Vale.
Neste sentido e diante da postura inadequada, e com caráter de vitimização da deputada, iremos adotar as medidas cabíveis e legais para o total esclarecimento desta questão e que incluem uma Representação por falsa comunicação de crime, segundo prevê o Código Penal, além dos procedimentos cíveis.
Por fim, vale ressaltar que nossa trajetória política, desde seu início até hoje, além da coragem de nunca fugir do necessário e democrático debate de interesse público, sempre atuamos em defesa da ampliação da participação feminina tanto no setor político como em qualquer área profissional. E assim continuaremos, mas sempre de maneira justa e sensata, sem sensacionalismos ou interesses pessoais
Deputado Estadual Ivan Naatz (PL) – Líder do Governo na Alesc
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