Políticos experientes começam a tomar as rédeas da estratégia da direita nacional

GilbertoKassab-MichelTemer-Radio-Radiodifusão-28mar2017-SergioLima.

Desde junho de 2023, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou inelegível até 2030, a direita nacional começou a se movimentar para buscar um novo nome para disputar a presidência da República contra o presidente Lula (PT).

Primeiro foi o fortalecimento do Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste), que tem os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Claudio Castro (RJ), Romeo Zema (MG), Renato Casagrande (ES), Ratinho Junior (PR), Eduardo Leite (RS) e Jorginho Mello (SC).

Mesmo com Bolsonaro lutando para tentar aprovar o PL da Anistia, que pode torná-lo elegível novamente, em Brasília ninguém acredita que isso possa acontecer e já trabalham para costurar uma aliança nacional que una toda a direita em torno de um nome viável.

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, já tinha se mostrado aberto a uma aliança e até conversou com Jair Bolsonaro para aparar algumas arestas que permita a união dos dois partidos.

Mas quem reaparece como o principal articulador do grupo é o ex-presidente Michel Temer (MDB), que sempre foi um bom negociador e sempre soube ocupar os espaços através de boas alianças.

Ele também deve conversar com Jair Bolsonaro para que a direita coloque na rua os nomes dos governadores Ratinho Jr. (PSD), Romeo Zema (Novo), Ronaldo Caiado (UB) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) para ver quem mais agrada o eleitor brasileiro.

Com as pesquisas em mão, Temer pensa em construir uma chapa com os dois nomes mais bem aceitos para, novamente, tirar o PT da presidência da República.

Michel Temer já conversou individualmente com os quatro governadores para criar um plano de governo único que teria como ponto principal uma política econômica que melhore a atual situação do Brasil.

É fato que o MDB é um partido que tem muita força em Brasília e Michel Temer é um dos políticos que mais tem experiência para fazer com que essa aliança se torne realidade.

Além de Kassab, que já foi ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações na gestão do presidente Michel Temer, o ex-senador e ex-governador Jorge Bornhausen (PSD) também já tá de olho nessas movimentações e já vê com bons olhos o plano de Temer de tentar unir a direita.

Eles entendem que, se a direita se dividir, vão manter Lula no poder e nenhum deles sairá vitorioso da eleição de 2026. Deputados petistas já confidenciaram que, se Lula perceber que a direita virá forte e ele terá o risco de perder, pode até abrir mão da reeleição para evitar manchar a sua biografia com uma derrota.

Agora só resta convencer Jair Bolsonaro que esse é o melhor caminho para que ele também apoie essa estratégia e se engaje nessa possibilidade, que hoje é a mais viável do ponto de vista político.

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