Prefeito de Blumenau passa pelo momento mais difícil desde o início do seu mandato

Passados 125 dias desde que assumiu a Prefeitura de Blumenau, o prefeito Egídio Ferrari (PL) começa a sentir cobranças mais incisivas sobre os serviços básicos da administração municipal.

É fato que recebeu uma administração com muitas cascas de banana deixadas pelo ex-prefeito Mário Hildebrandt (PL), mesmo sendo do seu partido. Pegou um Samae com a maior crise hídrica e moral da história, uma Secretaria de Educação com muitos problemas com os contratos com prestadores de serviço, uma manutenção urbana que sequer tinha uma licitação para a compra de lâmpadas e outros problemas que inviabilizam a resolução de problemas básicos, como o fechamento de um buraco de rua.

O déficit de R$ 372 milhões, que o secretário de Gestão Governamental, Marcelo Althoff, insiste em dizer que é apenas um descompasso contábil, dificulta o término de grandes obras, apesar deterem recursos de empréstimos que diminuem a capacidade de endividamento da Prefeitura, e dificultam ainda mais a contratação de novas obras, pois nesse momento o caixa está comprometido.

Politicamente, alguns vereadores da base já pressionam o prefeito para colocarem seus cabos eleitorais em cargos comissionados e alguns partidos já acham que estão sendo desprestigiados, como no caso do PSDB, que só não deixa a situação porque tem a vice-prefeita Maria Regina e porque Egídio já garantiu o apoio do vereador Alexandre Matias na Câmara.

Mas com o passar dos meses, a pressão deve aumentar, mas o prefeito já está terminando a Reforma Administrativa, que pretende cortar cargos e diminuir o número de Secretarias para justamente tentar economizar o que puder para que, a partir de 2026, tenha um fôlego financeiro para realmente iniciar a sua gestão.

Mas há um longo em 2025 e Egídio Ferrari terá que dar uma resposta para o morador da cidade sobre o contrato da Blumob que, apesar do alto custo, oferece um transporte público de baixa qualidade; e vai precisar rever também o valor da taxa do tratamento do esgoto, que custa cara para a população e deve ter uma gambiarra para chegar no seu 100%.

Enfim, para quem achava que capturar bandidos era um trabalho árduo e perigoso, agora descobre que lidar com a administração pública e com políticos pode ser mais difícil e muito mais perigoso, pois como prefeito, Egídio nunca saberá de onde virá o próximo disparo.

O delegado deve sentir muita saudade dos tempos em que lidava a maior parte do tempo com os animais abandonados, pois lá a reciprocidade era verdadeira.

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